Há 43 meios aéreos e 1800 pessoas envolvidas no combate às chamas em
Espanha (Heino Kalis/Reuters)
Os incêndios que desde quinta-feira estão a devastar a região de
Valência, em Espanha, já destruíram mais 48.500 hectares, segundo as autoridades
locais, e nesta segunda-feira causaram a primeira vítima, o piloto de um
helicóptero que combatia as chamas.
A região está coberta de fumo desde que deflagrou o primeiro incêndio em
Cortes de Pallás, Valência. Há 43 meios aéreos e 1800 pessoas envolvidas no
combate às chamas, e hoje dois dos helicópteros da Brigada de Reforço de
Incêndios Florestais sofreram acidentes. O piloto de um dos aparelhos morreu
depois de se ter despenhado na localidade de Forata.
O alerta foi dado
pelas 17 horas, tendo sido enviada para o local uma equipa do corpo municipal
dos Bombeiros de Valência para procurar o piloto, mas a morte acabou por ser
confirmada pelas autoridades. Meia hora depois registou-se outro acidente com um
helicóptero na mesma região, em Serra Martés, o piloto e co-piloto ficaram
conscientes e foram transportados para um centro médico.
A Brigada de
Reforço de Incêndios Florestais tem no terreno uma equipa de Tabuyo del Monte,
em Léon, outra de Toledo e outra de Daroca, em Zaragoza, para além de duas
brigadas de Prado de los Esquiladores, em Cuenca, adiantou o El País. E o
Ministério da Defesa de Espanha mobilizou um total de 1030 efectivos e 256
veículos para combater as chamas, para além de três aviões Canadair, três
helicópteros Cougar e outros dois cedidos pelo Exército, mas estes meios não têm
sido suficientes para extinguir os incêndios.
O vento favorável que se
fez sentir durante a noite permitiu que os bombeiros conseguissem controlar o
incêndio que deflagrou na quinta-feira em Cortes de Pallás, avançou o
conselheiro de governação da região, Serafín Castellano, citado pelos jornais
espanhóis. Naquela zona arderam mais de 28.000 hectares, aos quais se juntam
quase 20.000 na região de Andilla, onde as chamas atingiram vários locais.
Cerca de 3000 pessoas tiveram de ser retiradas para sítios mais seguros,
mas hoje os moradores nas localidades de Teresa, Bejís e Sacanyet puderam
regressar a casa, após a melhoria das condições meteorológicas.
Serafín
Castellano disse ao El País que o incêndio de Cortes de Pallás está
“estabilizado” e que o Parque Natural da Sierra Calderona está “livre de
perigo”. Em Andilla o fogo também foi circunscrito mas as chamas mantêm-se
activas em uma área da localidade de Jérica.
Quase 400 pessoas passaram a
noite em albergues da Cruz Vermelha, depois de no domingo terem sido desalojadas
as localidades de Bejís, Teresa, Sacanyet, Canales, Gátova e Marines Viejo.
Serafín Castellano explicou que o vento mais suave na noite de domingo
para segunda-feira, assim como uma mudança de orientação, permitiu atenuar as
chamas. No domingo o vento soprou a velocidades entre os 40 e os 60 quilómetros
por hora e os termómetros chegaram aos 40 graus Celsius.
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