Quem faz a moral?
Conversava com um grupo de universitários sobre a inversão dos
valores em nossos dias; aí, um deles se levantou e protestou: “Isso depende da
cabeça de cada um, ninguém tem o direito de fazer a moral para ninguém, cada um
é responsável por seus atos.”
Estou falando de amor livre, homossexualismo, aborto, drogas, entende? E,
nesse terreno, será verdade que cada um é dono de seus atos? O que é imoral?
Quem determina os valores morais? O padre, o pastor, os pais, cada um? Como
funciona esse assunto? Os valores morais mudam com o tempo, de uma geração para
outra, de uma cultura para outra?
Ao longo da História, o homem tentou várias vezes criar a moral para si
mesmo. A frase “Eu sei o que é bom para mim” não é de hoje. Sempre foi assim. O
homem sempre tentou mudar as regras do jogo, modificar os princípios de
comportamento, criar um novo código moral que se adapte a seu modo de ser e de
pensar.
O trágico de tudo é que, por mais que a pessoa tente justificar seu
comportamento, não consegue eliminar o complexo de culpa que se segue, de modo
quase automático aos atos imorais. Por mais que o indivíduo diga para si próprio
‘é um barato’, ‘vamos nessa’, ‘é chocante’ ou ‘tá legal’, a verdade é que ele
continua se angustiando e se sentindo culpado, embora nem sempre saiba por quê.
Aí aparecem os desencontros com ele mesmo e com as pessoas com quem se
relaciona. A vida se complica e se torna uma confusão.
Deus é soberano, e, na soberania de Seu amor, é Ele quem determina o que é
bom e o que é mau. O que é certo e o que é errado. E faz isso por amor,
repito.
O ser humano é livre, meu querido ouvinte. Livre para aceitar os princípios
morais que Deus estabeleceu para protegê-lo ou livre para rejeitar esses
princípios. Livre para ouvir ou deixar de ouvir. Livre para aceitar o que Ele
determinou como certo ou para seguir seu próprio caminho. O que Deus não
permitiu é o homem escolher o caminho errado e chamá-lo de certo. Fazer a moral
não é atribuição da criatura. É Deus quem faz a moral, porque Ele é amor, e a
moral que realmente vale é a que tem origem no amor.
(Alejandro Bullon)
FONTE
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