Medicina é passaporte para brasileira na Faixa de Gaza
Atualizado em 24 de julho,
2012 - 12:24 (Brasília) 15:24 GMT
A médica anestesista brasileira Liliana Mesquita Andrade aderiu há dois anos
à ONG internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) e em junho deste ano passou um
mês na Faixa de Gaza em um programa de cirurgias plásticas de reconstrução
(Isabelle Merny/MSF).
Seu primeiro paciente, um menino de menos de dois anos, sofria de má formação
congênita e tinha todos os dedos da mão grudados (Liliana Mesquita/MSF).
Em sua sexta missão pela organização, Liliana já passou pelo Paquistão, Sudão do
Sul, República Centro Africana e Haiti, mas diz que em Gaza sentiu que seu
diploma “foi validado” com um sentido verdadeiro da vocação como médica (Liliana
Mesquita/MSF
As cirurgias são feitas em hospitais de campanha, organizados sob tendas
divididas em salas de operação e espaço para que as mães aguardem os filhos. Um
dos principais problemas na região é a grande ocorrência de má formação
congênita devido aos casamentos entre pessoas da mesma família (Liliana
Mesquita/MSF
Palestinos protestam contra limite de três quilômetros de pesca permitidos
pelo governo israelense; a brasileira diz que é muito diferente ouvir falar do
confronto no Oriente Médio pelo noticiário e ver de perto como as pessoas vivem
(Liliana Mesquita/MSF).
Surpresa com os 40 quilômetros de litoral que compõem o território palestino
sob domínio de Israel, a brasileira fotografou os “quiosques” improvisados à
beira da praia frequentada por palestinos, inclusive mulheres de burca (Liliana
Mesquita/MSF).
Liliana diz que juntou-se à ONG por questões pessoais e paixão pela medicina,
motivações que ela pôde colocar em prática em Gaza, região na qual o embargo
israelense dificulta comércio com outros territórios e países, afetando também o
acesso a alimentos e remédios (Liliana Mesquita/MSF).
Queimaduras devido a explosões e acidentes domésticos e ainda sequelas de
guerras e ataques também integram a lista dos principais problemas das crianças
operadas em Gaza, explica a médica (Liliana Mesquita/MSF).
Liliana era a única brasileira a integrar a equipe médica da MSF em Gaza, além
do alemão que a precedeu como anestesista, dois cirurgiões franceses e
enfermeiros italianos, franceses e palestinos (Liliana Mesquita/MSF).
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