Contaminação
Radioatividade de Fucuxima em atum da Califórnia
por DN.ptHoje
Fotografia ©
reuters
Cientistas detetaram níveis aumentados de
césio-134 e de césio-137 na espécie migradora
O atum pescado recentemente no Pacífico, ao largo da costa da Califórnia,
revelou "níveis moderadamente elevados" de dois isótopos radioativos Os
cientistas que detetaram a situação atribuem a contaminação à radioatividade
libertada no mar pela central nuclear de Fucuxima, em Março do ano passado, mas
asseguram que esses aumentos não constituem problema para a saúde dos
consumidores, dado que estão abaixo dos limites de segurança.
Os atuns terão ficado contaminados na região, na altura do acidente causado
pelo trsunami, tendo depois migrado para a zona da Califórnia, onde foram
capturados.
A revelação é feita hoje por uma equipa de investigadores num artigo
publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of
Sciences, depois de terem analisado amostras de 15 toneladas de atum
pescado ao lago de San Diego, na Califórnia, em Outubro do ano passado.
A equipa, que foi coordenada por por Daniel Madigan, da Universidade de
Stanford, na Califórnia, e Zofia Baumann e Nicholas Fisher, da Universidade de
Stony Brook, de Nova Iorque, comparou amostras desses peixes migradores com
outras de atuns que permanecem o ano inteiro na costa leste do Pacífico, junto à
costa dos Estados Unidos, e verificou que apenas os migradores, que passam
temporadas ao largo do Japão, apresentam um aumento de césio-134 e
césio-137.
"Estes resultados indicam que esta espécie de atum migrador do Pacífico pode
transportar rapidamente radionuclidos de um sítio no Japão para regiões muito
distantes e demonstram a importância dos animais migradores enquanto vetores de
transporte", explicam os autores do artigo.
A catástrofe da central nuclear de Fucuxima aconteceu na sequência de um
sismo de magnitude 9 na escala de Richter, ao largo da costa japonesa, a 11 de
Março do ano passado, na sequência do qual aconteceu um tsunami devastador. A
radiação de Fucuxima, que foi libertada no ar, no solo e no oceano, obrigou
milhares de pessoas a abandonar as suas casas na região, num raio de 30
quilómetros.
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