lei para “resgatar valores” na sociedade

Deputada Myrian Rios cria lei para “resgatar valores” na sociedade

O projeto feito pela atriz gerou repercussão na internet devido ao seu estilo de vida na década de 70.

A lei estadual da autoria da deputada federal Myrian Rios gerou polêmica nas redes sociais por internautas indignados com a proposta feita. A lei estadual que institui o "Programa de Resgate de Valores Morais, Sociais, Éticos e Espirituais”, foi sancionado pelo governador Sérgio Cabral na útima quarta-feira (16) e já está em vigor.

"Parece que se desencadeou um vírus de violência, a vida ficou banalizada de repente. Por isso, eu pensei em criar o projeto para resgatar o amor ao próximo, valores morais, de família e, com isso, reduzir a violência", explicou Myrian.

O texto da lei diz que "serão desenvolvidas ações essenciais que contribuam para uma convivência saudável entre pessoas, estabelecendo relações de confiança e respeito mútuo, alicerçada em valores éticos, morais, sociais, afetivos e espirituais, como instrumento capaz de prevenir e combater diversas formas de violência".

Os internautas questionavam a coerência do texto e o estilo de vida de Myrian no passado. Alguns postaram fotos sensuais da deputada quando ela iniciou sua carreira de modelo e atriz, na década de 70.

Segundo o G1, Myrian afirmou não ter se incomodado com os comentários e frisou que o objetivo da lei é reduzir a violência no estado. "A Myrian aos 16, 17 anos tinha um comportamento. Hoje, aos 54 anos, tenho outra bagagem de vida. Aceito todas as críticas de maneira bem tranquila. Fiz o que fiz, mas quero tentar ser melhor sempre", disse.

"Dentro desse resgate de valores, está o respeito à individualidade de cada um. Aceitar o outro como ele é, independentemente de religião, questão sexual, cor, classe social. O que a gente está discutindo é a paz e se o estado aprovou o projeto é porque acredita que, através dessa lei, poderá trazer mais paz para o Rio de Janeiro", defendeu a deputada.

Em 2011, Myrian Rios se envolveu em mais um escândalo afirmando em um discurso na Assembleia Legislativa do Rio, que tinha o direito de não querer um funcionário homossexual na empresa dela. O discurso foi feito durante a votação da PEC 23/2007, que muda a constituição do estado do Rio, incluindo a orientação sexual como direito fundamental.
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