Alemanha: médico apresenta queixa contra rabino por circuncisão
Um médico na Alemanha deu queixa na polícia contra o rabino-chefe da cidade de Hof, na Baviera, por ter realizado uma circuncisão religiosa. O médico afirmou que o rabino David Goldberg infligiu danos físicos a um garoto, quando o circuncidou. Cabe agora ao Ministério Público aceitar ou não a queixa.
O caso veio à tona exatamente quando o rabino-chefe Ashkenazi de Israel, Yona Metzger, está visitando Berlim, para angariar apoio para as circuncisões judaicas, depois de um tribunal em Colônia ter decidido, em maio, que circuncisões são ilegais por causarem danos físicos.
Nesse caso, um médico foi processado por circuncidar um menino muçulmano. Ele foi absolvido em termos técnicos, mas o caso levou o governo alemão a se comprometer com a criação de legislação para resolver o problema.
O caso atual é o primeiro em que a circuncisão judaica seria o foco em um processo legal possível na Alemanha.
"Raiz da alma judaica"
Metzger, um dos rabinos mais importantes de Israel, rebateu a sugestão do tribunal de que a circuncisão constitui lesão corporal grave. Ele observou que o ritual vem sendo praticado há 4 mil anos e há 1.800 na Alemanha, chamando-a "raiz da alma judaica" e uma tradição "de que nunca podemos nos afastar." O rabino sugeriu que os médicos treinem as pessoas que realizam circuncisões na Alemanha.
Diplomatas dizem que a decisão provou ser "desastrosa" para a imagem internacional da Alemanha, particularmente considerando-se o passado nazista do país.
Em julho, o parlamento alemão aprovou uma resolução não vinculante para proteger a circuncisão religiosa. A resolução insta o governo a elaborar uma legislação que "garante que a circuncisão de meninos realizada de acordo com um protocolo profissional médico e sem dor indevida é permitida".
O Ministério da Justiça anunciou que está prestes a publicar o rascunho de um projeto de lei a respeito.
FONTE
O caso veio à tona exatamente quando o rabino-chefe Ashkenazi de Israel, Yona Metzger, está visitando Berlim, para angariar apoio para as circuncisões judaicas, depois de um tribunal em Colônia ter decidido, em maio, que circuncisões são ilegais por causarem danos físicos.
Nesse caso, um médico foi processado por circuncidar um menino muçulmano. Ele foi absolvido em termos técnicos, mas o caso levou o governo alemão a se comprometer com a criação de legislação para resolver o problema.
O caso atual é o primeiro em que a circuncisão judaica seria o foco em um processo legal possível na Alemanha.
"Raiz da alma judaica"
Metzger, um dos rabinos mais importantes de Israel, rebateu a sugestão do tribunal de que a circuncisão constitui lesão corporal grave. Ele observou que o ritual vem sendo praticado há 4 mil anos e há 1.800 na Alemanha, chamando-a "raiz da alma judaica" e uma tradição "de que nunca podemos nos afastar." O rabino sugeriu que os médicos treinem as pessoas que realizam circuncisões na Alemanha.
Diplomatas dizem que a decisão provou ser "desastrosa" para a imagem internacional da Alemanha, particularmente considerando-se o passado nazista do país.
Em julho, o parlamento alemão aprovou uma resolução não vinculante para proteger a circuncisão religiosa. A resolução insta o governo a elaborar uma legislação que "garante que a circuncisão de meninos realizada de acordo com um protocolo profissional médico e sem dor indevida é permitida".
O Ministério da Justiça anunciou que está prestes a publicar o rascunho de um projeto de lei a respeito.
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