por Filomena Naves- Hoje
Cientistas da universidade norte-americana
de Oregon conseguiram pela primeira vez criar células estaminais embrionárias
humanas à medida de cada dador.
Veja a infografia interativa sobre o processo utilizado:
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para ver o gráfico em página inteira.
A ideia, dizem os cientistas, não é clonar seres humanos, mas disponibilizar uma técnica que no futuro possa ser utilizada na medicina personalizada, por exemplo, para a produção de órgãos para transplante eliminando o problema da rejeição. Ou para tratar doenças neurodegenerativas, como a de Alzheimer ou Parkinson, hoje sem cura. O passo dado por investigadores norte-americanos, que conseguiram criar por clonagem células estaminais embrionárias humanas geneticamente idênticas ao dador da célula original, vai nesse sentido.
A investigação foi realizada por uma equipa da Universidade de Oregon, coordenada por Shoukhrat Mitalipov, que já em 2007 tinha conseguido produzir células estaminais embrionárias a partir de células de pele em macacos.
"As células estaminais que obtivemos com esta técnica [de transferência nuclear, a mesma usada para criar a ovelha Dolly], demonstram ter capacidade para se diferenciarem, tal como as células estaminais embrionárias normais, em diferentes tipos de células: nervosas, hepáticas e cardíacas", explicou o coordenador do trabalho publicado na revista Cell.
A técnica utilizada pela equipa do Oregon é uma afinação da que foi usada pelos criadores da ovelha Dolly, em 1996. A equipa de Shoukhrat Mitalipov utilizou células de pele de um bebé de oito meses, retirou-lhes o núcleo com o ADN e introduziu essa informação em ovócitos de uma dadora, previamente esvaziados da sua própria informação genética. As células foram depois induzidas a tornar-se embriões e desenvolveram-se até à fase de blastócito, com 150 células (ver gráfico).
Este trabalho culmina uma caminhada marcada por anúncios idênticos nunca comprovados. O mais famoso foi o caso do sul-coreano Woo Sulk Hwang que publicou em 2004 e 2005, na Science, resultados que apontavam para a clonagem de células estaminais embrionárias idênticas às células dos dadores, mas em 2006 descobriu-se que tinha forjado os dados.
As células estaminais embrionárias são uma espécie de Graal para a medicina do futuro. Elas têm a capacidade de se diferenciar em todos os tipos de células que constituem os tecidos do organismo e, sendo geneticamente idênticas às do dador (o doente) eliminam o problema da rejeição no caso de um transplante e abrem uma nova porta na medicina regenerativa. Mas esta investigação tem gerado grande polémica e é contestada pelos que consideram antiética a utilização de embriões.
Isso levou, aliás, vários grupos a estudar outros métodos que permitissem produzir células estaminais com propriedades idênticas, sem necessidade de recorrer a embriões, o que foi conseguido em 2008. Mas estas células estaminais induzidas por reprogramação parecem sujeitas a grande número de mutações.
FONTE
A ideia, dizem os cientistas, não é clonar seres humanos, mas disponibilizar uma técnica que no futuro possa ser utilizada na medicina personalizada, por exemplo, para a produção de órgãos para transplante eliminando o problema da rejeição. Ou para tratar doenças neurodegenerativas, como a de Alzheimer ou Parkinson, hoje sem cura. O passo dado por investigadores norte-americanos, que conseguiram criar por clonagem células estaminais embrionárias humanas geneticamente idênticas ao dador da célula original, vai nesse sentido.
A investigação foi realizada por uma equipa da Universidade de Oregon, coordenada por Shoukhrat Mitalipov, que já em 2007 tinha conseguido produzir células estaminais embrionárias a partir de células de pele em macacos.
"As células estaminais que obtivemos com esta técnica [de transferência nuclear, a mesma usada para criar a ovelha Dolly], demonstram ter capacidade para se diferenciarem, tal como as células estaminais embrionárias normais, em diferentes tipos de células: nervosas, hepáticas e cardíacas", explicou o coordenador do trabalho publicado na revista Cell.
A técnica utilizada pela equipa do Oregon é uma afinação da que foi usada pelos criadores da ovelha Dolly, em 1996. A equipa de Shoukhrat Mitalipov utilizou células de pele de um bebé de oito meses, retirou-lhes o núcleo com o ADN e introduziu essa informação em ovócitos de uma dadora, previamente esvaziados da sua própria informação genética. As células foram depois induzidas a tornar-se embriões e desenvolveram-se até à fase de blastócito, com 150 células (ver gráfico).
Este trabalho culmina uma caminhada marcada por anúncios idênticos nunca comprovados. O mais famoso foi o caso do sul-coreano Woo Sulk Hwang que publicou em 2004 e 2005, na Science, resultados que apontavam para a clonagem de células estaminais embrionárias idênticas às células dos dadores, mas em 2006 descobriu-se que tinha forjado os dados.
As células estaminais embrionárias são uma espécie de Graal para a medicina do futuro. Elas têm a capacidade de se diferenciar em todos os tipos de células que constituem os tecidos do organismo e, sendo geneticamente idênticas às do dador (o doente) eliminam o problema da rejeição no caso de um transplante e abrem uma nova porta na medicina regenerativa. Mas esta investigação tem gerado grande polémica e é contestada pelos que consideram antiética a utilização de embriões.
Isso levou, aliás, vários grupos a estudar outros métodos que permitissem produzir células estaminais com propriedades idênticas, sem necessidade de recorrer a embriões, o que foi conseguido em 2008. Mas estas células estaminais induzidas por reprogramação parecem sujeitas a grande número de mutações.
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