terça-feira, 29 de maio de 2012

"Castillo Fuerte". Coro de la Asociación de Nueva Jersey


"Castillo Fuerte". Coro de la Asociación de Nueva Jersey 



FONTE


Conheça os direitos dos portadores de câncer


É lei: todo paciente de câncer, independente do tipo e da gravidade, pode sacar o Fundo de Garantia

Foto: Getty Images

Gabriela Pestana

Uma notícia dura, difícil de receber. O diagnóstico do câncer assusta qualquer pessoa e enfrentar o tratamento exige muita coragem e determinação. Nessa hora, quase ninguém se lembra de correr atrás dos direitos a que esses pacientes têm. A maioria dos brasileiros que têm câncer não sabe, mas o simples diagnóstico da doença garante a eles direitos especiais.

Alguns hospitais em São Paulo, como o Hospital do Câncer, criaram cartilhas para orientar os pacientes. Elas estão disponíveis a todos – pacientes ou não – na internet. “Essa compilação de legislações trata dos direitos das pessoas portadoras de câncer e/ou de doenças graves, sendo que o seu objetivo é facilitar o entendimento e auxiliar no processo de solicitação dos benefícios previstos em lei, que podem atenuar os impactos financeiros e sociais dos pacientes oncológicos”, explica a assistente social Ana Coralina, do Hospital A.C.Camargo, mantido pela Fundação Antonio Prudente.
Se você também não sabe que direitos são esses, preste atenção.
FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço)
É lei: todo paciente de câncer, independente do tipo e da gravidade, pode sacar o Fundo de Garantia por tempo de serviço, o FGTS, assim como o PIS/PASEP.
Se uma criança tem câncer mas os pais trabalham, eles podem sacar o FGTS. A solicitação deve ser feita em uma agência da Caixa Econômica Federal. É preciso apresentar os documentos pessoais originais e o exame que diagnostica a doença. O exame anatomopatológico, como é chamado, é um documento essencial para qualquer tipo de benefício. Ele normalmente está no prontuário médico do paciente ou no laboratório onde foi feito o exame.

O paciente também tem direito a licença médica e a receber o auxílio-doença. Outro direito é a isenção de imposto de renda. Esses benefícios devem ser solicitados ao INSS. Os doentes também podem exigir mais rapidez da Justiça em qualquer processo. Para isso, basta fazer um requerimento diretamente ao juiz responsável pela Vara onde está o caso.
Para conhecer mais direitos, veja em nossa guia lateral na seção: Direitos do Paciente
Fonte: Ariquemes Agora

Doze mortes em quatro dias reativam discussão sobre mapeamento do suicídio na França


França/suicídio - 
Artigo publicado em 29 de Maio de 2012 - Atualizado em 29 de Maio de 2012
Doze mortes em quatro dias reativam discussão sobre mapeamento do suicídio na França
Estação do metrô de Paris
Estação do metrô de Paris
Wikicommons/Omar Bàrcena

RFI
Doze pessoas se atiraram nos trilhos dos trens franceses nos últimos quatro dias, informou hoje a SNCF, empresa que opera os transportes ferroviários no país. Este número alarmante reacencedeu a discussão sobre a necessidade de se criar um "observatório de suicídios e condutas suicidas", que se encarregaria de estudar, catalogar e apresentar propostas para a prevenção do drama.

A consultoria de recursos humanos Technologia, especializada em prevenção de riscos profissionais, e o professor de medicina legal Michel Debout, que já vinham em campanha pela criação do observatório, lançaram um comunicado conjunto nesta terça-feira. O texto chama a atenção para o fato de que "ao menos 4 milhões de franceses estão envolvidos em maior ou menor grau nas 200 mil tentativas anuais de suicídio", no país. Destas 200 mil tentativas, cerca de 11 mil terminam em morte, todos os anos. Esses números colocam a França entre os países com maior incidência de suicídios, ao lado da Finlândia e da Áustria.
Debout, que chefia o departamento de medicina legal do Centro Hospitalar Universitário de Saint-Etienne, diz que é fundamental conhecer as causas do suicídio. Em 2008, ele havia estimado que a crise da dívida na zona do euro aumentaria em 750 o número de suicídios anuais, que não se pode confirmar por conta da carência de dados.
Debout destaca um "crescimento preocupante" do suicídio entre os homens de 40 a 50 anos, justamente o perfil mais atingido pelo desemprego, a precariedade e as pressões profissionais, depois da crise. Mas, hoje não há como saber quantos destes suicidas estavam desempregados, por exemplo. "Este é um dos dados de que precisamos", frisa o professor.
A campanha tem um abaixo assinado circulando na internet, com mais de 2 mil nomes. Entre os signatários, estão uniões sindicais e outras associações. A bancada comunista no Senado francês também apresentou uma proposta de criação do observatório, indica o comunicado.

Itália/Terremoto - 
Artigo publicado em 29 de Maio de 2012 - Atualizado em 29 de Maio de 2012

Sobe para 17 número de mortos em terremoto na Itália

Construções destruídas pelo terremoto desta terça-feira em Mirandola, perto de Modena, ao norte da Itália.
Construções destruídas pelo terremoto desta terça-feira em Mirandola, perto de Modena, ao norte da Itália.
REUTERS/Alessandro Garofalo


Um novo terremoto de 5.8 na escala Richter ocorrido na manhã de hoje no norte da Itália deixou ao menos 17 mortos nos arredores de Modena, região da Emilia Romagna, segundo balanço provisório da defesa civil italiana. Quatro a cinco pessoas estão desaparecidas. O tremor de terra, seguido de três fortes réplicas, obrigou a retirada de 5 mil pessoas de suas casas, que se juntam aos 7 mil desabrigados do terremoto de 20 de maio na mesma região.
A bela região agroindustrial da Emilia Romagna, no norte da Itália, não para de tremer. Segundo o Instituto Nacional de Geofísica, o terremoto desta terça-feira foi registrado às 9h no horário local, a uma profundidade de 5 a 10 quilômetros.
Fábricas desabaram, soterrando operários, e edifícios já abalados pelo terremoto de nove dias atrás ruíram de vez. Em nove dias, desde o terremoto de Ferrara, o norte da Itália registrou 417 réplicas. Os 7 mil desabrigados refugiados em tendas, improvisadas em 89 acampamentos de emergência, continuam apavorados e não querem voltar para casa.
O tremor desta terça-feira foi sentido em todo o centro-norte da Itália, de Bolzano até a fronteira com a Áustria, passando por Milão e a região da Toscana, onde vários locais foram evacuados por questões de segurança. Em Veneza, uma estátua caiu, provocando pânico entre os moradores. Na fronteira com a França foram adotadas medidas de precaução depois que moradores saíram nas ruas em pânico.
O amistoso entre as seleções da Itália e de Luxemburgo, que estava previsto hoje na cidade de Parma, foi cancelado.

Alguns dos principais terremotos do continente europeu:
RFI


Escândalo no Vaticano expõe intrigas entre cardeais


28 de Maio de 2012
Escândalo no Vaticano expõe intrigas entre cardeais
 
O mordomo Paolo Gabrieli (atrás, à esq.) ao lado do Papa Bento 16, no Papamóvel.
O mordomo Paolo Gabrieli (atrás, à esq.) ao lado do Papa Bento 16, no Papamóvel.
Reuters
Leticia Constant
O mordomo do Papa Bento 16, Paolo Gabriele, continua detido em uma prisão do Vaticano acusado de ter furtado documentos sigilosos da Santa Sé e vazado para a imprensa. Gabriele foi detido na última quarta-feira e a polícia do Vaticano investiga se ele contou com a ajuda de cúmplices. Neste programa, analisamos esse escândalo que abala a imagem da Igreja e expõe as intrigas entre cardeais próximos ao Papa.
Para nossa correspondente em Roma, Gina Marques, este escândalo demonstra que existe uma grande batalha dentro do Vaticano. Muitos atribuem a responsabilidade deste mal estar ao Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal italiano Tarcisio Bertone, visto como um homem que manipula o poder e impede a transparência. A Secretaria de Estado é como o governo do Vaticano.
Diversos documentos vazaram e foram publicados no livro “ Sua Santidade. As cartas secretas de Bento XVI”, escrito pelo jornalista Gianluigi Nuzzi. São 352 páginas com diversos documentos que descrevem escândalos, mentiras, tentativas de interferência nas leis italianas, enfim, um Estado que tenta interferir em outro, além de conflitos internos, principalmente no Instituto de Obras Religiosas, conhecido como IOR, que é o Banco do Vaticano.

Embaixadores sírios são expulsos das capitais europeias


Artigo publicado em 29 de Maio de 2012 - Atualizado em 29 de Maio de 2012

Embaixadores sírios são expulsos das capitais europeias

O presidente francês, François Hollande, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira quando anunciou a expulsão dos diplomatas sírios da França.
O presidente francês, François Hollande, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira quando anunciou a expulsão dos diplomatas sírios da França.
REUTERS/Philippe Wojazer

Por iniciativa do presidente francês, François Hollande, diversos países europeus, além da Austrália e do Canadá, expulsaram hoje os embaixadores da Síria de suas capitais em protesto ao massacre de Houla, que deixou 108 mortos na última sexta-feira na Síria, incluindo 49 crianças. Na Europa, a decisão foi confirmada pelos governos da França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha.

Em entrevista coletiva, o presidente François Hollande anunciou nesta terça-feira a expulsão da embaixadora síria em Paris, Lamia Chakkour, igualmente titular do cargo na Unesco. O chefe de Estado socialista informou que uma reunião de "países amigos da Síria" vai se realizar um Paris no início de julho. Hollande acrescentou que depois de conversar ontem com o premiê britânico, David Cameron, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, foram decididas ações para aumentar a pressão sobre o regime do ditador Bashar al-Assad.  
O comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Itália assinala que o embaixador sírio em Roma é "persona non grata pelas violências de responsabilidade do governo sírio contra a população civil".
Pelo mesmo motivo, o Reino Unido expulsará o encarregado de negócios da Síria em Londres, Ghassan Gadanha, confirmou o ministro de Exteriores britânico, William Hague.
Ao lado do presidente alemão, Joachim Gauck, atualmente em visita a Israel, o presidente israelense, Shimon Peres, chamou o ditador sírio Bashar al-Assad de assassino e defendeu ajuda aos sírios. "Ele deveria ser o pai da nação, mas se tornou um assassino", disse Peres.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão de oposição, saudou a decisão dos países ocidentais de expulsar os embaixadores e diplomatas sírios, em protesto contra a sangrenta repressão que já matou 13 mil pessoas em 14 meses de revolta popular contra o regime no poder em Damasco.
Koffi Annan cobra "medidas corajosas" de Assad
O emissário internacional da ONU e da Liga Árabe Kofi Annan teve audiência na manhã de hoje com o ditador Bashar al-Assad, em Damasco. Annan cobrou do regime "medidas corajosas" no cumprimento do plano de paz de seis pontos sistematicamente desrespeitado desde sua entrada em vigor, no dia 12 de abril.
Assad retrucou que o sucesso do plano Annan dependia do fim do terrorismo. Desde o início oficial da trégua, o regime passou a dizer que os ataques contra civis são obra de "terroristas". A tese foi refutada pela ONU, que constatou que as armas que mataram os civis em Houla são de propriedade exclusiva do Exército sírio. 
O massacre de Houla põe em evidência os limites da missão da ONU. Os 300 observadores militares presentes no país assistem impotentes ao recrudescimento da violência. Analistas estimam que o massacre pode marcar uma guinada na mobilização diplomática internacional. Uma vez que a Rússia e a China, por interesses econômicos e militares, continuam bloqueando qualquer resolução da ONU que leve à saída de Bashar al-Assad, é provável que países "amigos" da Síria intensifiquem o fornecimento de armas ao Exército Sírio Livre formado pelos desertores.

Cuidado: Calça jeans muito apertada pode provocar Meralgia Parestésica


Cuidado: Calça jeans muito apertada pode provocar Meralgia Parestésica

Este tipo de calça, também conhecida como skinny, faz parte do guarda-roupa de muita gente.
O que pouca gente sabe é que este tipo de calça pode causar danos físicos ao corpo.
O canal de TV ABC entrevistou recentemente o Dr. Karen Boyle do Greater Baltimore Medical Center, mostrando o caso de mulheres que sentem dores após usar jeans muito apertados:
Esta doença chamada Meralgia Parestésica é um distúrbio que ocorre quando um dos nervos externos da coxa é comprimido. A pressão sobre ele provoca sintomas de dormência, formigamento e dor na coxa”.
De acordo com Boyle, os doentes relatam sensação de flutuação, basicamente porque eles não podem sentir perfeitamente seus membros inferiores. Infelizmente o problema nas mulheres é exacerbado, visto que o uso de calça apertada concomitante com salto alto aumenta a pressão sobre o nervo em questão.
Os homens também enfrentam a doença, com riscos maiores por reduzirem o fluxo de ar em torno da virilha, resultando em temperaturas mais elevadas na região íntima. O efeito de aumento da temperatura provoca diminuição da produção de espermatozoides pelos testículos.
Para aliviar as lesões provocadas no nervo, Boyle sugere a compra de jeans mais largos, evitando calças do tipo skinny. Se sentir dores nas pernas, dormência, formigamento, e mesmo assim continuar usando calças muito apertadas poderá sofrer com danos permanentes neste nervo.

Nova técnica induz câncer a se autodestruir


Nova técnica induz câncer a se autodestruir



Não são novidade as infinitas tentativas terapêuticas que prometem combater o câncer. Seja utilizando-se do sistema imune do paciente ou de proteínas específicas, cujos nomes são um amontoado de consoantes impronunciáveis, as pesquisas nessa área são extensas.
Agora, pesquisa do médico Loren Walensky, do Instituto de Câncer Dana-Farber e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, ambos nos Estados Unidos, vem a acrescentar uma descoberta que pode render bons frutos para o tratamento de cânceres.
Trata-se de uma proteína que pode induzir a morte das células doentes. Por enquanto, os cientistas obtiveram sucesso em destruir células cancerosas de leucemia em camundongos.
“Mas como?”, pode-se perguntar o leitor. Os cientistas fizeram uso do fenômeno natural da apoptose – morte celular programada –, que é controlada por uma complexa rede de interações entre diversas proteínas, como as de pré-morte e as de sobrevivência.
Dessa maneira, o grupo de Walensky utilizou moléculas pré-apoptose (chamadas de BCL-2, no jargão científico) e aperfeiçoaram-nas, a fim de matar células humanas cancerosas. A nova molécula recebeu o nome de BH3.
Quando não exterminou as células não saudáveis dos camundongos, a molécula impediu o crescimento do câncer, com poucos efeitos colaterais sobre os tecidos vizinhos às células cancerosas.
Devido a tais benefícios clínicos, o estudo, publicado no periódico especializado Journal of Clinical Investigation, foi bem recebido na comunidade científica. É agora é esperar para ver. [MedicalXpress, CiênciaHoje, DeepDyve, Mendeley, ScienceDaily, Harvard]

Estamos na era dos grandes terremotos?


Estamos na era dos grandes terremotos?



Uma série de terremotos devastadores atingiram todo o mundo nos últimos anos – desde o Japão, passando pelo Chile e pelo Haiti – provocando receio de que nosso planeta possa enfrentar tremores ainda mais catastróficos no futuro próximo.
Três equipes de pesquisa já vasculharam o histórico global de 110 anos de registros sísmicos para tentar descobrir se há uma espécie de tendência de terremotos devastadores.
Alguns dizem que sim, outros discordam.
Uma dupla de pesquisadores encontrou o que eles chamaram de “megaterremotos”, abalos de magnitude igual ou superior a 9 pontos na Escala Richter.
Um grupo de três destes tremores devastadores ocorreu entre 1952 e 1964, incluindo o terremoto de magnitude 9,5 no Chile, em 1960, o maior terremoto já registrado na Terra.
Outro conjunto de fenômenos, ainda maior, aconteceu entre 1950 a 1965 e envolveu terremotos de magnitude igual ou superior a 8,6, contam Charles Bufe e David Perkins, sismólogos do Centro de Pesquisa Geológica dos EUA, em Golden, Colorado. Eles especulam que o terremoto de força 8,4 no Peru, em 2001, pode ter marcado o início de uma nova sequência de grandes terremotos globais que estamos experimentando atualmente.
“Isso não significa o Juízo Final”, tranquiliza Bufe. “Não acredito que grandes terremotos vão ocorrer durante um longo período de tempo. Nós só estamos dizendo que parece haver um agrupamento neste momento, com uma probabilidade maior do que o normal de acontecerem terremotos de grandes proporções”, explica. “Não dá para precisar quanto tempo pode durar este agrupamento. Se não houver outro grande terremoto em anos, talvez nos próximos 10 ou 12, eu diria que provavelmente estaremos fora do agrupamento”, acredita.
Bufe sugere que, através do envio de ondas sísmicas que viajam ao redor da superfície do planeta, terremotos muito fortes podem enfraquecer ainda mais as zonas de falhas que já estão muito debilitadas. “Há uma chance de cerca de 50% de vermos um outro abalo de magnitude 9 dentro das próximas décadas”, prevê.
Apenas coincidência?
Por outro lado, este aumento recente de megaterremotos pode apenas refletir flutuações aleatórias nos padrões globais de atividade sísmica. Andrew Michael, pesquisador estatístico do Centro de Pesquisa Geológica dos EUA, sugere que este padrão de agrupamento desaparece quando as réplicas – tremores secundários que seguem um abalo grande – são levadas em consideração.
“A lição mais importante é que o acaso não significa distribuição uniforme no tempo – em vez disso, processos aleatórios podem criar agrupamento aparente e é importante considerar cuidadosamente se esses agrupamentos, ou épocas de menor atividade sísmica, vão além do que é esperado de uma amostragem aleatória”, ressalta Michael.
Se o agrupamento aparente desses terremotos é uma questão de coincidência, os sismólogos não podem prever quando outro grande tremor vai ocorrer no futuro próximo. “A recente onda de grandes terremotos pode ser explicada pela flutuação aleatória sem poder de previsão para o futuro”, garante Michael.
Registro de longo prazo
O sismólogo Richard Aster e seus colegas, do Instituto de Mineração e Tecnologia, no Novo México, Estados Unidos, observaram o histórico de terremotos juntamente com outros achados recentes para criar um registo de longa duração do tamanho cumulativo de terremotos em todo o mundo.
Eles sugerem que houve relativamente baixos índices de grandes terremotos durante os períodos entre 1907 e 1950 e de 1967 até 2004. Por outro lado, eles encontraram uma taxa alta de megaterremotos durante o período de 1950 a 1967 e parece haver outra ascensão a partir de 2004, desde o terremoto devastador de magnitude 9,2 que atingiu a Indonésia e gerou um enorme tsunami no final daquele ano.
Progressos na compreensão da existência ou não de eras de grandes terremotos são lentos tendo em vista que “simplesmente não acontecem tantos terremotos grandes assim para produzir uma melhor amostragem deste processo natural”, conta Aster. “Temos poucos sismos de magnitude superior a 9 por século. Felizmente para o nosso planeta, esses eventos são raros. Houve apenas 14 terremotos de magnitude superior a 8,5 nos últimos 111 anos”, completa. [LiveScience]

Estudante de 15 anos cria o melhor exame do mundo para diagnosticar câncer de pâncreas


Estudante de 15 anos cria o melhor exame do mundo para diagnosticar câncer de pâncreas

 
Marque esse nome: Jack Andraka. E pense duas vezes antes de duvidar da capacidade dos mais jovens.
A sugestão é do proeminente patologista Anirban Maitra, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Jack é um garoto de apenas 15 anos que inventou um novo exame para diagnosticar o câncer de pâncreas – 168 vezes mais rápido, 90% mais preciso, 400 vezes mais sensível e 26 mil vezes mais barato que os testes convencionais.
O teste consiste em uma tira de papel que pode detectar o câncer pancreático pela quantidade de uma determinada proteína – a mesotelina – no sangue ou na urina, antes mesmo da doença entrar em um ponto crítico.
Pelo feito, ele foi o principal vencedor da Feira de Ciência e Engenharia da Intel, recebendo 75 mil dólares (aproximadamente 150 mil reais). Seu objetivo, agora, é introduzir o produto no mercado em pelo menos 10 anos.
De onde surgiu a ideia
Por ser de difícil detecção, que acaba resultando em diagnósticos tardios, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade. Só no Brasil, é responsável por cerca de 4% das mortes ocasionadas por câncer, todos os anos.
Uma vítima pop recente do câncer pancreático foi o fundador da Apple, Steven Jobs, antes dele o ator Patrick Swayze. E foi exatamente uma perda como essa que instigou o garoto a pesquisar. A inspiração surgiu quando um amigo do seu irmão faleceu por causa da doença.
Depois de desenvolver uma ideia principal, Jack enviou 200 e-mails, aproximadamente, para diversos professores da Universidade Johns Hopkins, da Universidade de Maryland e do Instituto Nacional de Saúde, todas instituições nos Estados Unidos, pedindo para que deixassem-no utilizar algum de seus laboratórios, a fim de desenvolver seu teste.
Poucos demostraram interesse. Mas o patologista Anirban Maitra, da Universidade Johns Hopkins, recebeu a mensagem do garoto e ficou intrigado.
Meses depois, eles já tinham em mãos o melhor exame do mundo para diagnosticar câncer de pâncreas. Pelo visto, essa não vai ser a última vez que você vai ouvir falar de Jack Andraka

Jovem de 16 anos resolveu enigma de Newton


Lançado há 350 anos

Jovem de 16 anos resolveu enigma de Newton

por DN.ptOntem
Shouryya Ray resolveu, com apenas 16 anos, um enigma lançado há 350 anos.
Shouryya Ray resolveu, com apenas 16 anos, um enigma lançado há 350 anos. Fotografia © DR

Shouryya Ray conseguiu a proeza de resolver um enigma que matemáticos de todo o mundo tentam resolver há 350 anos. Mas, mesmo assim, este jovem de 16 anos garante que não é um génio.

Este indiano encontrou a solução para um enigma matemático lançado por Isaac Newton há 350 anos ao elaborar duas teorias sobre a dinâmica das partículas sobre as quais, nos últimos anos, apenas se tinha conseguido uma aproximação.
Ray conseguiu calcular a trajetória exata de um projétil submetido à força da gravidade e à resistência do ar e estimou com precisão o tipo de impacto e ressalto que se segue quando um corpo bate contra uma parede.
"Quando os meus professores me disseram que estas questões não tinham solução, pensei: 'bem, não custa tentar.' Talvez esta ingenuidade de estudante me tenha ajudado", afirmou à comunicação social. O adolescente foi confrontado com este problema numa visita à Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, quando os alunos receberam dados brutos para avaliar a trajetória de uma bola.
Aos 6 anos, Shouryya Ray já conseguia resolver equações de elevado grau de dificuldade. Natural de Calcutá, na Índia, mudou-se há quatro anos para Dresden e está agora a estudar para os exames do secundário, dois anos dos colegas da sua idade.
FONTE

Contaminação

Radioatividade de Fucuxima em atum da Califórnia

por DN.ptHoje
Radioatividade de Fucuxima em atum da Califórnia
Fotografia © reuters
Cientistas detetaram níveis aumentados de césio-134 e de césio-137 na espécie migradora
O atum pescado recentemente no Pacífico, ao largo da costa da Califórnia, revelou "níveis moderadamente elevados" de dois isótopos radioativos Os cientistas que detetaram a situação atribuem a contaminação à radioatividade libertada no mar pela central nuclear de Fucuxima, em Março do ano passado, mas asseguram que esses aumentos não constituem problema para a saúde dos consumidores, dado que estão abaixo dos limites de segurança.
Os atuns terão ficado contaminados na região, na altura do acidente causado pelo trsunami, tendo depois migrado para a zona da Califórnia, onde foram capturados.
A revelação é feita hoje por uma equipa de investigadores num artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, depois de terem analisado amostras de 15 toneladas de atum pescado ao lago de San Diego, na Califórnia, em Outubro do ano passado.
A equipa, que foi coordenada por por Daniel Madigan, da Universidade de Stanford, na Califórnia, e Zofia Baumann e Nicholas Fisher, da Universidade de Stony Brook, de Nova Iorque, comparou amostras desses peixes migradores com outras de atuns que permanecem o ano inteiro na costa leste do Pacífico, junto à costa dos Estados Unidos, e verificou que apenas os migradores, que passam temporadas ao largo do Japão, apresentam um aumento de césio-134 e césio-137.
"Estes resultados indicam que esta espécie de atum migrador do Pacífico pode transportar rapidamente radionuclidos de um sítio no Japão para regiões muito distantes e demonstram a importância dos animais migradores enquanto vetores de transporte", explicam os autores do artigo.
A catástrofe da central nuclear de Fucuxima aconteceu na sequência de um sismo de magnitude 9 na escala de Richter, ao largo da costa japonesa, a 11 de Março do ano passado, na sequência do qual aconteceu um tsunami devastador. A radiação de Fucuxima, que foi libertada no ar, no solo e no oceano, obrigou milhares de pessoas a abandonar as suas casas na região, num raio de 30 quilómetros.

Mosquitos transgénicos contra el dengue en Panamá

Última actualización: Lunes, 28 de mayo de 2012
Mosquito
Las autoridades sanitarias planean diseminar millones de mosquitos Aedes aegypti genéticamente modificados.
El dengue es uno de los mayores problemas de salud pública de Panamá. Y para combatirlo las autoridades sanitarias planean diseminar millones de mosquitos Aedes aegypti genéticamente modificados, que impedirían la reproducción de la especie vectora de la enfermedad.
Los insectos están programados para competir -y ganar- por las hembras y procrear larvas que morirán casi enseguida.
La estrategia, que ya se experimentó en varios países, ha sido cuestionada por grupos ambientalistas y académicos, que temen daños al ecosistema panameño.
Pero el Instituto Conmemorativo Gorgas de Estudios de Salud (Icges) dependiente del Ministerio de Salud y responsable del proyecto, descarta que haya problemas.
A los mosquitos transgénicos se les crea una proteína letal que impide el desarrollo de las larvas del insecto, y en caso de que sobrevivan no podrían transmitirse a otros seres vivos.
"Lo que se piensa es que el riesgo, si existe, es extremadamente bajo", le dice a BBC Mundo Néstor Sosa, director del Instituto.
"Se han hecho experimentos alimentando a otros seres con estas larvas y no se ha visto ningún efecto. Y las posibilidades de que el hombre entre en contacto con éstas son muy remotas", agrega Sosa.

Machos vs hembras

Los mosquitos transgénicos que se pretenden diseminar en Panamá fueron diseñados por la empresa Oxitec, del Reino Unido, que también ha emprendido proyectos en otros países con alta incidencia de dengue.
El proyecto consiste en modificar un gen de los insectos macho, el cual se transmite a los huevecillos cuando se aparean con las hembras.
"Se han hecho experimentos alimentando a otros seres con estas larvas y no se ha visto ningún efecto. Y las posibilidades de que el hombre entre en contacto con éstas son muy remotas"
Néstor Sosa, director del Instituto Conmemorativo Gorgas de Estudios de Salud
Cuando éstos se desarrollan en larvas mueren antes de completar la metamorfosis. El proceso se repite en cada ciclo de procreación, lo cual provoca que cada vez sean menos los insectos que nacen.
En el caso de Panamá el objetivo es reducir hasta en 80% las poblaciones de Aedes. Los sobrevivientes pueden ser controlados con métodos tradicionales.
El resultado sería una reducción importante en el contagio de dengue, especialmente del tipo hemorrágico que cada año causa la muerte a decenas de panameños.
Los investigadores del Icges esperan que la Comision Nacional de Bioseguridad autorice la importación de los huevecillos modificados genéticamente, e iniciar la experimentación en el laboratorio.
Luego los insectos serían diseminados en un área controlada, que en este caso sería una zona rodeada de bosques cerca de la capital de Panamá, y en caso de que hubiera éxito se podría aplicar en el resto del país.
Los primeros resultados, dice Sosa, empezarían a fluir en 2014.

Tetraciclina

Pero no todos comparten el optimismo del Instituto Gorgas.
Camilo Rodríguez Beltrán, investigador de la Universidad del Desarrollo de Chile, dice que es necesario completar todas las pruebas antes de aplicarla en campo.
"El problema es que la estrategia tiene un bache: hay una cantidad de mosquitos que van a sobrevivir", dice en conversación con BBC Mundo.
"Varios de los insectos genéticamente modificados van a permanecer en la naturaleza, y algunos serán hembras que transmiten el dengue", añade.
"El problema es que la estrategia tiene un bache: hay una cantidad de mosquitos que van a sobrevivir"
Camilo Rodríguez Beltrán, investigador de la Universidad del Desarrollo de Chile
Habría, entonces, una nueva población de Aedes modificados sin presencia previa en los ecosistemas. Hasta ahora se desconoce el impacto que tendrían en el entorno.
Hay, además, un riesgo adicional. La modificación genética se anula cuando los mosquitos entran en contacto con tetraciclina, un medicamento que en aguas limpias -el hábitat natural del Aedes- no existe, pero que sí aparece en desechos urbanos.
Algunos estudios muestran que poblaciones pequeñas de Aedes sobreviven en estos espacios. ¿Puede anular la estrategia panameña contra el dengue?
No, responde Sosa. La cantidad de tetraciclina en aguas residuales es "mucho menos" de la que necesitan las larvas del insecto para completar su desarrollo.
Y aunque lograsen sobrevivir, su número sería tan pequeño que no afectarían en la incidencia de contagio del dengue.
FUENTE

Descubren al espía "más complejo" del mundo


Descubren al espía "más complejo" del mundo

Última actualización: Lunes, 28 de mayo de 2012
Flame
El programa malicioso podía grabar conversaciones o interceptar teclados ajenos.
¿Quién necesita a James Bond teniendo a Flame? Un malware que según expertos rusos lleva más de dos años robando todo tipo de información sensible bajo las órdenes de un gobierno no identificado.
Descrito como "una de las amenazas más complejas jamás descubiertas", el programa malicioso podía desde grabar conversaciones privadas manipulando el micrófono del computador infectado a leer conversaciones privadas mantenidas través de internet.
Según explicó la firma de seguridad Kapersky Labs a la BBC, se cree que el malware opera desde agosto de 2010 y que entre los países objetivo figuran varios de Oriente Medio, entre ellos Irán e Israel.

El ataque de Flame

"Una vez el sistema es infectado, Flame empieza una compleja serie de operaciones, incluyendo espiar en el tráfico de internet, tomar imágenes de pantallas de computador, grabar conversaciones, interceptar teclados y demás", explicó Vitaly Kamluk, experto en malware de Kapersky.
"La geografía de los objetivos y la complejidad de la amenaza no deja duda de que fue un estado el que patrocinó la investigación que lo diseñó"
Vitaly Kamluk, experto en malware de Kapersky Labs
Se cree que el ataque habría afectado a unos 600 objetivos, desde individuos, a hombres de negocios, instituciones académicas y sistemas de gobierno.
De acuerdo a Kamluk, el tamaño del ataque de Flame sugiere que no es obra de cibercriminales sino que más bien se trataría de un ataque patrocinado por un Estado principalmente contra países de Medio Oriente.
Entre los países afectados figuran Irán, Israel, Sudán, Siria, Líbano, Arabia Saudita y Egipto.

Ataque "patrocinado por estado"

"La geografía de los objetivos y la complejidad de la amenaza no deja duda de que fue un Estado el que patrocinó la investigación que lo diseñó", dijo Kamluk.
El malware es capaz de grabar audio a través de los micrófonos de un computador, comprimirlo y enviarlo directamente al atacante.
También se cree que es capaz de tomar fotografías de la pantalla para registrar la actividad que está llevando a cabo un usuario concreto.
El sistema se activaría automáticamente, cuando el usuario objetivo abre programas "interesantes" como sistemas de correo electrónico o mensajería instantánea.

Una aspiradora de información

Mapa
Los ataques de Flame se centraron en países de Oriente Medio como Irán e Israel.
El equipo de Kapersky detectó la presencia de Flame en agosto de 2010, aunque afirman que es muy posible que haya estado operativo desde antes.
De acuerdo a Alan Woodward, del departamento de computación de la Universidad de Surrey, el ataque es muy significativo.
"Es básicamente una aspiradora de información sensible", dijo a BBC.
A diferencia del virus Stuxnet, que el año pasado atacó infraestructuras militares en Irán, Flame, aseguró Woodward, es mucho más sofisticado.
"Mientras Stuxnet sólo tenía un objetivo, Flame es un conjunto de herramientas, así que puede perseguir cualquier cosa que le caiga en las manos".
Una vez que el malware Flame infecta una máquina, se pueden añadir módulos adicionales para realizar determinadas tareas, casi como se hace con las aplicaciones en un teléfono inteligente.

Para arcebispo, vazamento de documentos sigilosos foi ataque pessoal ao papa


Para arcebispo, vazamento de documentos sigilosos foi ataque pessoal ao papa

Atualizado em  29 de maio, 2012 - 14:57 (Brasília) 17:57 GMT
O vice-secretário de Estado do Vaticano, arcebispo Angelo Becciu, afirmou nesta terça-feira que o vazamento de documentos confidenciais da Igreja Católica nas últimas semanas foi parte do que chamou de um "ataque pessoal" ao papa Bento 16.
No último sábado, Paolo Gabriele, que era mordomo do pontífice desde 2006, foi acusado formalmente depois de ter sido detido por investigadores do Vaticano com papéis sigilosos em seu apartamento.
Autoridades afirmaram que uma comissão especial de cardeais está investigando o vazamento e procurando evidências que possam ligar o caso com outras pessoas.
Os documentos faziam referência à corrupção nos negócios do Vaticano com empresas italianas e à disputa de poder na cúpula da Igreja Católica, acusações que foram prontamente negadas por oficiais locais.

Cientistas da Nasa criam teste que detecta osteoporose em estágio inicial


Cientistas da Nasa criam teste que detecta osteoporose em estágio inicial

Atualizado em  29 de maio, 2012 - 07:18 (Brasília) 10:18 GMT
Raio-x de vítima de osteoporose (Wikimedia Commons)
Teste pode levar a um tratamento que preveniria doença
Cientistas da Nasa acreditam ter encontrado uma maneira de diagnosticar osteoporose em seus estágios iniciais.
Atualmente, a doença pode passar despercebida durante anos e muitas vezes só é diagnosticada em exames realizados depois que o enfraquecimento dos ossos levou a uma fratura.
A técnica, desenvolvida por cientistas da Universidade Estadual do Arizona juntamente com especialistas da agência espacial americana analisou isótopos de cálcio - diferentes átomos do elemento cálcio, derivados do osso e cada um com seu próprio número específico de nêutrons.
O equilíbrio ou a abundância desses diferentes isótopos quando o osso é fraturado ou formado pode indicar alterações na densidade óssea nos seus estágios iniciais.

De cama por 30 dias

Os pesquisadores analisaram os dados de 12 voluntários que não apresentavam sinais de osteoporose. Eles tiveram de ficar de cama por 30 dias, porque o repouso prolongado provoca a perda de massa óssea.
A técnica permite detectar a perda de massa óssea após uma semana de repouso – muito antes, portanto, de mudanças na densidade óssea terem sido detectadas por escaneamentos convencionais.
E diferentemente de outros testes bioquímicos que visam detectar perda de massa óssea através de exames de sangue, o novo exame pode dar uma medida direta da perda óssea.
"O próximo passo é ver se o teste funcionará da forma esperada com pacientes que sofrem de doenças que provocam alterações ósseas. Isso abriria a porta para que ele possa ser colocado em prática", afirmou o pesquisador-sênior Ariel Anbar.
Além de ser útil para diagnosticar osteoporose, o teste poderia servir para monitorar outras doenças que afetam os ossos, inclusive câncer.
Anbar disse que a agência promoveu a pequisa porque "astronautas submetidos à microgravidade enfrentam perda de massa óssea".
"É um dos principais problemas de voos espaciais tripulados e precisamos encontrar formas melhores de monitorá-lo e encontrar formas de combatê-lo."

Brasil tem 4ª maior população carcerária do mundo e deficit de 200 mil vagas


Brasil tem 4ª maior população carcerária do mundo e deficit de 200 mil vagas

Atualizado em  29 de maio, 2012 - 06:03 (Brasília) 09:03 GMT
Presídio superlotado em Rondônia (Foto: Luiz Alves)
Para ONU, prisões superlotadas são um dos principais problemas de direitos humanos no Brasil
Com cerca de 500 mil presos, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado. O deficit de vagas (quase 200 mil) é um dos principais focos das críticas da ONU sobre desrespeito a direitos humanos no país.
Ao ser submetido na semana passada pela Revisão Periódica Universal - instrumento de fiscalização do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU -, o Brasil recebeu como recomendação "melhorar as condições das prisões e enfrentar o problema da superlotação".
Segundo a organização não-governamental Centro Internacional para Estudos Prisionais (ICPS, na sigla em inglês), o Brasil só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (740 mil).
De acordo com os dados mais recentes do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), de 2010, o Brasil tem um número de presos 66% superior à sua capacidade de abrigá-los (deficit de 198 mil).
"Pela lei brasileira, cada preso tem que ter no mínimo seis metros quadrados de espaço (na unidade prisional). Encontramos situações em que cada um tinha só 70 cm quadrados", disse o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), que foi relator da CPI do Sistema Carcerário, em 2008.

Falta de condições

Segundo ele, a superlotação é inconstitucional e causa torturas físicas e psicológicas.
"No verão, faz um calor insuportável e no inverno, muito frio. Além disso, imagine ter que fazer suas necessidades com os outros 49 pesos da cela observando ou ter que dormir sobre o vaso sanitário".
De acordo com Dutra, durante a CPI, foram encontradas situações onde os presos dormiam junto com porcos, no Mato Grosso do Sul, e em meio a esgoto e ratos, no Rio Grande do Sul.
Segundo o defensor público Patrick Cacicedo, do Núcleo de Sistema Carcerário da Defensoria de São Paulo, algumas unidades prisionais estão hoje funcionando com o triplo de sua capacidade.
Em algumas delas, os presos têm de se revezar para dormir, pois não há espaço na cela para que todos se deitem ao mesmo tempo.
"A superlotação provoca um quadro geral de escassez. Em São Paulo, por exemplo, o que mais faz falta é atendimento médico, mas também há (denúncias de) racionamento de produtos de higiene, roupas e remédios", disse à BBC Brasil.

Vigilância

Porém, abusos de direitos humanos não ocorrem somente devido ao déficit de vagas.
Em todo país, há denúncias de agressões físicas e até tortura contra detentos praticadas tanto por outros presos quanto por agentes penitenciários.
"No dia a dia, recebemos muitas denúncias de agressões físicas, mas é muito difícil provar, pelo próprio ambiente (de isolamento). Quando a denúncia chega e você vai apurar, as marcas (da agressão na vítima) já sumiram e não há testemunhas", afirmou Cacicedo.
O número de mortes de detentos nos sistemas prisionais não é divulgado pelos Estados, segundo o assessor jurídico da Pastoral Carcerária, José de Jesus Filho.
"O sistema penitenciário é opaco, uma organização (não-governamental) já tentou fazer esse levantamento, mas não conseguiu."
Segundo o deputado Dutra, o ambiente geral desfavorável aos direitos humanos no sistema prisional do país foi o que possibilitou o surgimento de facções criminosas.
Entre elas estão o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, no Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital, em São Paulo, que hoje operam as ações do crime organizado dentro e fora dos presídios.

Defensores

"Quando a denúncia chega e você vai apurar, as marcas (da agressão na vítima) já sumiram e não há testemunhas."
Patrick Cacicedo, do Núcleo de Sistema Carcerário da Defensoria de São Paulo
Outra recomendação explícita feita pelo grupo de 78 países-membros durante a sabatina na ONU foi a disponibilização permanente de defensores públicos em todas as unidades prisionais do país.
Uma das funções deles seria acelerar a apuração de abusos de direitos humanos contra presos.
Outros papeis seriam oferecer assistência jurídica para que os detentos não fiquem encarcerados após acabar de cumprir suas penas ou tenham acesso mais rápido ao sistema de progressão penitenciária (regime semiaberto ou liberdade assistida) - o que ajudaria a reduzir a superlotação.
Mas o país ainda está longe dessa realidade. Só em São Paulo, um dos três Estados com maior número de defensores, o atendimento a presos nas unidades prisionais é feito por meio de visitas esporádicas.
De acordo com Cacicedo, apenas 29 das 300 comarcas do Estado têm defensoria. Além disso, só 50 dos 500 defensores se dedicam ao atendimento dos presos.
O Estado, no entanto, possui 151 unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária (sem contar as cadeias públicas subordinadas à Secretaria de Segurança Pública.)

Soluções

Segundo Jesus Filho, os problemas não são resolvidos em parte devido ao perfil da maioria dos detentos.
Um levantamento da Pastoral Carcerária mostra que a maior parte tem baixa escolaridade, é formada por negros ou pardos, não possuía emprego formal e é usuária de drogas.
Domingos Dutra diz que uma possível solução para reduzir a população carcerária seria o emprego de detentos em obras públicas e estímulo para que eles estudem durante a permanência na prisão.
A legislação já permite que a cada três dias de trabalho um dia seja reduzido da pena total. Mas, segundo Dutra, nem todos os governos estaduais exploram essa possibilidade.
Esta é a primeira de uma série de reportagens da BBC Brasil sobre as deficiências do país na área de direitos humanos que serão publicadas ao longo desta semana.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

La tecnología del Gran Hermano avanza en América Latina


La tecnología del Gran Hermano avanza en América Latina

Última actualización: Miércoles, 9 de mayo de 2012
Tecnología vigilancia
La compra-venta de tecnología de espionaje no está regulada.
Identificadores faciales, rastreadores de voz, sistemas de escaneo biométricos, programas que interceptan correos electrónicos o drones con cámaras de vídeo de altísima definición.
Las tecnologías con las que actualmente cuentan los gobiernos para ejercer de Gran Hermano habrían sorprendido a George Orwell, autor de '1984', novela que planteó qué pasaría en una sociedad controlada en exceso por un gobierno dotado con avanzada tecnología de vigilancia.
El panorama que dibujaba aquella novela no era nada alentador, y según activistas consultados, tampoco lo es ahora que esos sofisticados dispositivos ya no son cosa de ciencia ficción.
Es más, son tan reales que fuentes del sector aseguran que su compra-venta genera unos US$5.000 millones al año.

Una industria "oculta"

Wikileaks
En su informe Spyfiles Wikileaks reveló que países como Brasil fabrican sus propios programas espía de internet.
Según explicó a BBC Mundo Eric King, investigador de Privacy International, organización que trata de proteger la privacidad de los usuarios en internet, países como Argentina cuentan con una tecnología conocida como Deep Pocket inspection, un sistema instalado en un proveedor de internet que permite a muchos gobiernos el interceptar cualquier correo electrónico o mensaje de Facebook.
Argentina, apuntó, sólo sería un ejemplo de la gran cantidad de países que tienen acceso a tecnologías similares.
"Es una industria oculta que no está para nada regulada. Cualquier compañía occidental puede vender equipos que permiten espiar todo aspecto de la vida de la gente: su email, teléfono, seguir sus contactos o conocer sus contraseñas".
Hay algunos ejemplos de tecnologías, que según King quitan el hipo.
Una de las más comunes consiste en virus troyanos que son enviados al celular del usuario o su computadora y que cuando se abren dan a los gobiernos acceso total a su aparato, hasta el punto que pueden encender su micrófono e incluso su cámara de vídeo integrada.
Drones
Los drones fueron desarrollados para uso militar pero ya se están utilizando en misiones civiles.
También existen cámaras con tal definición que al tomar una foto de una manifestación, las autoridades son capaces de identificar los rostros de todos y cada uno de los participantes.
Y en Estados Unidos, el congreso aprobó en febrero una ley para desplegar una flota de drones (aviones no tripulados) sobre territorio estadounidense, que estiman estará compuesta por unos 30.000 aparatos en 2020.
Estos drones están equipados con sensores y provistos de potentes cámaras de vídeo capaces de volar a 5.700 metros de altura y realizar labores de vigilancia tanto de día como de noche.

Quién se reparte el pastel

1984
En su novela 1984, George Orwell imaginó un mundo sometido por la tecnología de vigilancia.
En 2011, la página Wikileaks filtró un informe sobre las 133 empresas que hoy acaparan la venta de "sistemas de vigilancia e interceptación de comunicaciones" y que incluye nombres como Nokia-Siemens, Qosmos, Nice, Verint, Hacking Team o Amesys.
Según se detalló, 36 de estas empresas están basadas en Estados Unidos, 18 en Reino Unido, 15 en Alemania, 11 en Israel y 8 en Italia.
De acuerdo a Privacy International, en el caso de Reino Unido, muchas de estas empresas están siendo adquiridas por BAE Systems, el cuarto mayor contratista militar del mundo.

Eficaces en la lucha contra el crímen

Las tecnologías de vigilancia han probado ser muy útiles en la lucha contra el crimen, actividades de grupos rebeldes y traficantes de droga en América Latina.
"Si no hacemos las preguntas correctas al gobierno, el poder que tendrá sobre nosotros será imparable"
Eric King, Privacy International
En el caso de Colombia, tal y como reconoció el propió presidente Juan Manuel Santos en su libro 'Jaque al Terror', sobre la captura y muerte del guerrillero Raúl Reyes en 2008, este tipo de "tecnología para interceptar comunicaciones y señales electrónicas" jugó un importante papel a la hora de ubicar al líder de las FARC en Ecuador.
Y en el caso de Argentina, un sistema de escaneado biométrico se introdujo recientemente como la gran solución para combatir el crimen en el país.
Desde el 1 de enero de 2012 todos los recién nacidos son escaneados con el sistema cubano SIBIOS, que registra imágenes de su rostro y huellas dactilares de pies y manos.
La presidenta Cristina Fernández subrayó que el principal objetivo de la medida es la lucha contra el tráfico de niños.

Seguridad versus Privacidad

Sin embargo, el registro se extendió a todos los ciudadanos, y de acuerdo a la propia mandataria, en un periodo de dos años 40 millones de argentinos figurarán en el Sistema de Identificación Biométrica del estado.
Cristina Fernandez
El gobierno argentino de Cristina Fernández introdujo en el país un sistema de escaneado biométrico centralizado.
El caso argentino es "muy preocupante", aseguró a BBC Mundo Katitza Rodríguez, peruana y directora internacional para los derechos humanos de la Fundación Fronteras Electrónicas, dedicada a proteger la libertad de expresión en internet.
"Para nuestra alarma, la presidenta Fernández ha ido mucho más allá, al punto de vincular el sistema de registro facial obtenido a través de las cámaras de vigilancia en la vía pública con las imágenes obtenidas a través del sistema SIBIOS".
"Las cámaras callejeras de videovigilancia están hoy en todas partes, por lo que esta funcionalidad es particularmente peligrosa y tiene el potencial de llevar a un sistema de vigilancia política generalizada", puntualizó.
"Ya hemos visto que incluso en países supuestamente democráticos como Perú y Colombia, la tecnología de vigilancia ha sido abusada y utilizada para fines políticos".

La sombra del DAS

"La vigilancia es la excepción, la regla es la privacidad"
Katitza Rodríguez, Fundación Fronteras Electrónicas.
En el caso de Colombia, Rodríguez se refiere el escándalo desatado en 2009, cuando salió a la luz una operación de seguimiento masivo de las comunicaciones telefónicas y correos electrónicos de activistas, periodistas, políticos y magistrados por parte del entonces Departamento Administrativo de Seguridad (DAS).
Los hechos provocaron en última instancia la supresión del DAS y la condena de tres exmiembros de la agencia de inteligencia.
No obstante, según denunció un informe emitido por la ONU en 2011, "las acciones de espionaje ilegal persisten en el país", alegaciones que han sido rechazadas por el ejecutivo colombiano pero confirmadas por varias organizaciones activistas consultadas por BBC Mundo.
"Después del DAS no tenemos razones para pensar que estas prácticas se terminaron", afirma Anthony Dest, asistente del programa para Colombia de la Oficina de Washington para América Latina (WOLA).
"Tenemos reportes de que mucha gente siente que la práctica sigue dándose todavía, pero esto es muy difícil de probar", admitió.
Por su parte Eric King, quien asegura que las autoridades colombianas "utilizan muchísimo" anunció que su organización se dispone a invitar a algunos socios en Colombia para discutir el asunto dentro de dos meses".
Según detalló una de las tecnologías que emplean las autoridades en sus presuntas escuchas serían los sistemas de reconocimiento de voz proporcionados por la empresa española Agnitio.
Esta tecnología, permite reconocer la voz del "objetivo" cuando éste realiza una llamada telefónica aunque sea desde un teléfono público o uno que no es el suyo.
BBCMundo contactó a las autoridades colombianas sobre estas denuncias sin obtener respuesta.

Mayor regulación

Teniendo en cuenta el alcance de las nuevas tecnologías de vigilancia, hay quienes reclaman que se regule la venta de estas "armas" en potencia.
Un punto de partida sería que "las empresas que venden tecnología de vigilancia no apoyen gobiernos que cometen violaciones contra los derechos humanos", explica Rodríguez.
Cámaras
Las cámaras de video-vigilancia ya están presentes en algunos países latinoamericanos.
"Deben establecerse estándares legales que respeten el debido proceso y acceso a los datos por parte del gobierno en ciertas circunstancias y personalizada a la persona que quiere vigila, no prácticas de manera masiva".
"La vigilancia es la excepción, la regla es la privacidad", agregó.
"La seguridad nacional es muy importante", aclara por su parte King, pero también es el asegurarse de que la gente esté segura frente al abuso de poder, lo que incluye al estado. Si no hacemos las preguntas correctas al gobierno, el poder que tendrá sobre nosotros será imparable".
"Siempre tenemos miedo de referirnos a 1984, pero estamos bastante cerca".

Teste com desenho pode prever risco de derrames na 3ª idade


Teste com desenho pode prever risco de derrames na 3ª idade, diz estudo

Atualizado em  9 de maio, 2012 - 12:28 (Brasília) 15:28 GMT
Pesquisadores pediam que voluntários fizessem o teste o mais rápido possível (Imagem: Universidade de Uppsala)
Pesquisadores pediam que voluntários fizessem o teste o mais rápido possível (Imagem: Universidade de Uppsala)
Um teste simples envolvendo desenhos e números pode ajudar a prever o risco de morte depois de um primeiro derrame entre homens mais velhos, de acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade de Uppsala, na Suécia.
O teste é feito entre homens saudáveis e pede que os voluntários tracem linhas entre números em ordem ascendente e o mais rápido possível.
Os estudos foram realizados em um grupo de mil homens entre as idades de 67 e 75 anos, ao longo de 14 anos.
Os homens que fizeram uma pontuação mais baixa no teste tinham três vezes mais chances de morrer depois de um derrame, quando comparados aos homens que alcançaram pontuações mais altas.
Dos 155 homens do grupo que tiveram um derrame, 22 morreram dentro de um mês, e mais da metade morreu em uma média de tempo de dois anos e meio.
Os pesquisadores acreditam que esse teste consegue captar os danos em vasos sanguíneos do cérebro antes do aparecimento de outros sinais mais óbvios ou sintomas do problema.
O estudo foi publicado na revista especializada BMJ Open.

'Simples e barato'

Para a médica Bernice Wiberg, que liderou a pesquisa na Universidade de Uppsala, o novo teste auxilia o diagnóstico do derrame.
"Como os testes são muito simples, baratos e de fácil acesso para o uso clínico, eles poderão ser uma ferramenta importante, junto com métodos tradicionais como medir a pressão sanguínea (e) perguntar sobre fumo, para identificar o risco de derrame, mas também como um possível indicador importante de mortalidade depois do derrame", afirmou.
Wiberg também disse que o teste pode melhorar o fornecimento de informações aos pacientes e suas famílias.
Clare Walton, da Associação Britânica de Derrames, alertou que são necessárias mais pesquisas a respeito, mas ressaltou: "O estudo é interessante, pois sugere que podem ocorrer mudanças antecipadas no cérebro, que colocam uma pessoa em um risco maior de ter um derrame fatal".
"Este é um estudo pequeno, e as causas de pouca habilidade na tarefa de desenho não são conhecidas. Apesar de serem necessárias mais pesquisas, esta tarefa tem o potencial de examinar quem tem um maior risco de um derrame grave ou fatal antes que ele ocorra", afirmou.
FONTE

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Infecções causam um de cada seis casos de câncer, diz estudo


Infecções causam um de cada seis casos de câncer, diz estudo

Atualizado em  9 de maio, 2012 - 13:46 (Brasília) 16:46 GMT
Bactéria Helicobacter pylori. | Foto: Ed Uthman/ Wikimedia Commons
Bactéria responsável por gastrite é uma das principais causas de câncer de estômago
Um em cada seis casos de câncer - 2 milhões por ano - tem origem em infecção tratáveis ou evitáveis, segundo um novo estudo.
O estudo, publicado na revista The Lancet Oncology, analisou a incidência de 27 tipos diferentes de câncer em oito regiões do mundo e concluiu que quatro doenças são as principais responsáveis.
As infecções provocadas pelo vírus do papiloma humano (HPV), pela bactéria Helicobacter pylori e pelos vírus da hepatite B e C são responsáveis por 1,9 milhões dos casos de câncer de estômago, câncer hepático e câncer de colo do útero.
Cerca de 80% destes casos acontecem em países em desenvolvimento.
A equipe da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC), na França, que realizou o estudo, diz que mais esforços são necessários para lidar com estes casos "evitáveis" e reconhecer o câncer como uma doença "comunicável", ou seja, que se propaga com facilidade.
"A aplicação dos métodos existentes de saúde pública para a prevenção de infecções - como as vacinas - e a prática segura das injeções ou dos tratamentos antimicrobianos poderiam ter um efeito substancial nos futuros casos de câncer em todo o mundo", dizem os médicos Catherine de Martel e Martyn Plummer, que lideraram a pesquisa.

'Evitáveis'

Para a pesquisa, os cientistas analisaram as estatísticas da Globocan, um projeto da IARC e da Organização Mundial da Saúde que reúne os dados sobre a incidência de mortalidade e a prevalência dos principais tipos de câncer em 184 países.
Com estes dados, eles calcularam a porcentagem de casos atribuídos a infecções e o número de mortes que poderiam ter sido evitadas com tratamentos médicos preventivos.
Cerca de um terço dos casos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos.
Entre as mulheres, o câncer de colo de útero corresponde a cerca de metade dos cânceres causados por infecções. Em homens, mais de 80% dos casos é de cânceres de fígado ou estômago.
Já existem vacinas preventivas contra o vírus do HPV - ligado ao câncer de colo de útero - e contra o vírus da hepatite B - uma causa conhecida de câncer hepático.
Além disso, especialistas afirmam que o câncer de estômago pode ser evitado tratando a infecção pela bactéria H. pylori com antibióticos.
Pelo menos 1,5 milhão das 7,5 milhões de mortes por câncer anuais poderiam ser evitadas, de acordo com o levantamento da IARC.
FONTE

Argentina aprova lei da 'morte digna'


Argentina aprova lei da 'morte digna'

Atualizado em  9 de maio, 2012 - 22:09 (Brasília) 01:09 GMT
Congresso argentino | Foto: Reuters
Imagem de arquivo mostra o Congresso da Argentina, que aprovou a lei da "morte digna"
Os parlamentares argentinos aprovaram, nesta quarta-feira, a lei chamada de "morte digna", que permite ao paciente terminal ou em estado irreversível rejeitar tratamentos médicos que possam prolongar seu sofrimento ou "vida artificial", conectada aos aparelhos.
O texto, que já tinha sido aprovado em novembro pela Câmara dos Deputados teve aprovação por unanimidade pelos senadores.
A lei estabelece o "direito de aceitar ou rejeitar determinados tratamentos médicos", dando a palavra final ao paciente, que deve deixar por escrito uma autorização de suspensão destes cuidados. Um familiar próximo do paciente também está habilitado a autorizar o tratamento, nos casos em que a pessoa hospitalizada não esteja consciente.
Na prática, os parlamentares modificaram a Lei sobre Direitos do Paciente.
A aprovação da lei levou familiares de pacientes terminais a comemorarem a decisão com aplausos e abraços nas galerias do Senado argentino.
Entre os que comemoravam estava Selva Herbon, que liderou uma campanha junto a políticos e órgãos públicos para que a lei fosse aprovada.
Ela é mãe de uma menina de três anos, Camila, que mora num hospital de Buenos Aires e está inconsciente desde que nasceu. Em entrevista à BBC Brasil, no ano passado, ela disse que a "morte digna" se justificava para a filha, já que a bebe não tinha reflexos ou qualquer forma de reação.
"Ela não chora, não ri, não sente nada mesmo quando apenas toco sua pele. Camilla apenas cresce em uma cama de hospital e conectada a aparelhos", disse na ocasião.

Dignidade

O texto contou com apoio de parlamentares de diferentes linhas políticas. O senador governista Aníbal Fernández, da Frente para a Vitória (FPV), disse que a lei "não vai contra nenhuma religião" e pretende "respeitar a dignidade" do paciente.
Ele declarou ainda que a medida não significará a autorização da eutanásia, mas sim o direito de um paciente terminal ter, de fato, uma "morte digna".
"O objetivo desta lei é evitar o sofrimento e respeitar a autonomia do paciente para que ele defina a sua qualidade de vida", disse o senador José Cano (do partido opositor União Cívica Radical, UCR), presidente da Comissão de Saúde e Esporte e defensor da medida. Para ele, a lei tem "caráter humanitário".

Polêmica

A nova legislação permite que o paciente que já deixou a sua determinação por escrito possa voltar atrás, se mudar de ideia e optar pela continuidade do tratamento. O familiar do paciente também poderá mudar de ideia, quando ele estiver inconsciente.
A nova lei adverte, porém, que "fica expressamente proibida a prática de eutanásia" e inclui que nenhum profissional de saúde será punido por atender a vontade do paciente ou da orientação dada por um familiar da pessoa internada.
O item do texto que gerou mais polêmica foi o que permite ao paciente ou ao familiar autorizado a suspensão da alimentação e nutrição através do soro.
"Sou a favor do texto, mas contra a permissão para a suspensão da hidratação e alimentação dos doentes terminais. Isto é contra a morte digna, já que provoca dor e, além disso, desrespeita as normas da Organização Mundial de Saúde", disse a senadora Sonia Escudero.

Ativistas na Argentina | Foto: AP
Argentina também aprovou lei que permite a transsexuais alterar documentos de identidade
Recentemente, duas províncias argentinas, Río Negro e Neuquén, já haviam aprovado leis similares.
Em termos nacionais, a Argentina passa a ser um dos poucos países no mundo a permitir a "morte digna". Os outros são Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Três Estados dos Estados Unidos também a autorizam e a medida vem sendo discutida na Grã-Bretanha e na Espanha.
O governo espanhol enviou um projeto de lei, no ano passado, ao Parlamento, onde será debatido.

Transsexuais

A Argentina também aprovou nesta quarta-feira a lei que permite que transsexuais mudem o nome de batismo no documento de identidade.
O texto já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e foi aprovado, nesta quarta, por unanimidade, pelos senadores. A lei permite que pessoas maiores de 18 anos mudem seu nome no documento de identidade e mantenham o número de seu documento original.
Segundo parlamentares governistas, esta lei é complementar à que foi aprovada em 2010, autorizando o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "A sociedade argentina é um pouco melhor a partir desta noite porque permite que as pessoas sejam mais felizes", afirmou o líder do governo no Senado, senador Michel Pichetto.
A lei prevê ainda que a rede pública realize as "operações e tratamentos para adaptação do corpo" da pessoa atraves das chamadas "obras sociais" - planos de saúde dos sindicatos do país.
A aprovação da lei foi comemorada por diferentes entidades sociais, com cartazes e bandeiras dentro e fora do Congresso Nacional.