quarta-feira, 25 de abril de 2012

Livro brasileiro de culinária vegana fica entre os três melhores do mundo

Livro brasileiro de culinária vegana fica entre os três melhores do mundo

“A cozinha vegetariana de Astrid Pfeiffer”, da Editora Alaúde, é eleito o segundo melhor livro do mundo, na categoria livros vegetarianos, durante Gourmand World Cookbooks Awards.
O primeiro livro assinado pela nutricionista brasileira Astrid Pfeiffer, o “A cozinha vegetariana de Astrid Pfeiffer”, conquistou o segundo lugar na mais importante premiação de literatura gastronômica do mundo, o Gourmand World Cookbooks Awards. O título concorreu com livros de cerca de 70 países e se destacou na categoria “culinária vegetariana”. A premiação aconteceu no último dia 6, em Paris.
Encontre o nome da nutricionista brasileira no site oficial da premiação, clique aqui.

Mais de 1.200 pessoas lotaram o Folies Bergere nesta terça-feira (06) durante a cerimônia de premiação que contou com cerca 400 editoras de 98 países e mais de 8 mil livros inscritos. Distribuído aos melhores do mundo em 27 diferentes categorias, o Gourmand World Cookbooks Awards foi fundado em 1995 por Eduard Cointreau. A premiação é anual, gratuita e aberta a todos os países. Realizado em Paris, o evento já passou por metrópoles como Pequim e Londres.

De sopas a Brownie de chocolate, lançamento da Editora Alaúde reúne benefícios de um cardápio variado, sem carne. Livro apresenta receitas práticas e leves que não levam carne e que são ricas em sabor e benefícios para a saúde.
Receitas que primam pela escolha adequada dos ingredientes e, ao mesmo tempo, buscam o equilíbrio nutricional dos pratos, recheiam as páginas do livro A Cozinha vegetariana de Astrid Pfeiffer – receitas práticas, modernas e nutritivas que acaba de conquistar o título de segundo melhor livro de culinária vegetariana do mundo. A premiação foi concedida no último dia 6 de março, durante o Gourmand World Cookbooks Awards.


A proposta, segundo a autora, a nutricionista Astrid Pfeiffer, é incentivar as pessoas, independente do cardápio, a aderirem, sem radicalismos, às receitas da gastronomia vegetariana. A obra apresenta 60 pratos diversificados, elaborados com muita criatividade e sabor. A ideia é que as sugestões agradem não apenas adeptos da dieta sem carne, mas também aqueles que desejam incluir opções de pratos mais saudáveis no cardápio. “Quando decidi preparar este livro, a preocupação era que as receitas fossem saudáveis, naturais e integrais. E teriam de ser úteis a todas as pessoas, inclusive às que comem carne”, explica a doutora, adepta da dieta vegetariana.
Entre os diferenciais está uma tabela completa que acompanha cada receita e indica os componentes nutricionais. Desta forma, o leitor poderá visualizar exatamente quais os benefícios dos ingredientes dos pratos. Para aqueles que sofrem de doença celíaca, uma boa notícia: cerca de 80% das receitas reunidas no livro são livres de glúten.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Estudo inédito mapeia dez diferentes tipos de câncer de mama


Estudo inédito mapeia dez diferentes tipos de câncer de mama
James Gallagher
Da BBC News
Atualizado em 19 de abril, 2012 - 13:16 (Brasília) 16:16 GMT
Estudo inédito feito por britânicos e canadenses revela dez tipos diferentes de câncer de mama
Um estudo inédito revelou que o que se conhece atualmente como câncer de mama pode ser desdobrado em dez diferentes tipos, abrindo caminho para uma revolução no tratamento, que deve ficar cada vez mais específico para cada tipo de tumor.
A pesquisa, realizada por cientistas do Canadá e da Grã-Bretanha e publicada na prestigiada revista Nature, analisou mais de 2 mil mulheres com câncer, e seus resultados devem começar a ser aplicados em hospitais dentro de no mínimo três anos.
Para os especialistas, é possível comparar o câncer de mama a um mapa do mundo. Os exames atuais, mais abrangentes, teriam a capacidade de classificar a doença em diferentes "continentes".
Agora, com as novas descobertas, será possível mapear a doença em até dez diferentes tipos, com um grau de definição muito maior, como se fossem "países".
"O câncer de mama não é uma doença, mas sim dez diferentes doenças", disse o chefe do estudo, Carlos Caldas.
"Nossos resultados abrem caminho para que no futuro os médicos possam diagnosticar que tipo de câncer uma mulher tem e os tipos de remédios que vão ou não funcionar, de uma maneira muito mais precisa do que é possível atualmente", acrescenta o pesquisador.
No momento, os tumores são classficados de acordo com sua aparência sob as lentes de microscópios e exames com "marcadores".
Aqueles identificados com "receptores de estrogênio" deveriam responder a tratamentos que utilizam o tamoxifeno (um modulador seletivo da recepção deste tipo de hormônio) e os classificados com "receptores Her2" deveriam sofrer impacto da terapia com o medicamento Herceptin.
A grande maioria dos tipos de câncer de mama (mais de 70%) responde bem aos tratamentos com hormônios. Entretanto, a reação às terapias varia muito. "Alguns respondem bem, outros fracassam terrivelmente. Claramente precisamos de uma classificação mais detalhada", diz Caldas.
Análise: O que isto representa para os pacientes?
O potencial das descobertas deste estudo é vasto e pode ter um papel transformador no tratamento do câncer de mama ao redor do mundo. No entanto, a aplicação da nova classificação ainda levará anos e o impacto imediato para pacientes será limitado.
Há diferenças claras entre as taxas de sobrevida para cada tipo de câncer identificado.
As variedades dois e cinco, por exemplo, tendem a apresentar cerca de 40% de chances de sobrevida de 15 anos. Os tipos três e quatro têm 75% de chances de sobrevida do mesmo período.
Em termos de tratamento, as notícias são ruins. Até o momento há uma terapia bem delimitada para apenas um dos dez tipos: o medicamento Herceptin.
Os outros grupos permanecerão com procedimentos genéricos, à base de sessões de quimioterapia e radioterapia.
A esperança é que no futuro novos medicamentos sejam criados para cada tipo específico da doença.
Revolução
Os pesquisadores analisaram detalhes da genética celular de mais de 2 mil tumores, levando em consideração quais genes haviam sofrido mutação, quais estavam se multiplicando e quais estavam sendo desligados.
Após as análises, as células cancerígenas foram agrupadas em dez diferentes classificações, denominadas "IntClust" um a dez.
"Este é o maior estudo já realizado sobre os diferentes tipos de tumores de câncer de mama e vai alterar a maneira com a qual analisamos a doença, tendo um impacto enorme na forma de diagnosticar e tratar o câncer de mama nos próximos anos", disse Harpal Kumar, chefe do instituto de Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha, que financiou a pesquisa.
Os cientistas precisam agora comprovar os benefícios da nova classificação antes que médicos e hospitais de todo o mundo passem a utilizá-la –um processo que pode levar de três a cinco anos.
Para Delyth Morgan, chefe de campanhas contra o câncer de mama na Grã-Bretanha, o estudo pode "revolucionar a maneira com a qual a doença é diagnosticada e tratada".
A pesquisa é um exemplo do que se conhece atualmente por "medicina personalizada" –que consiste em tratar uma doença a partir do mapeamento detalhado de seu comportamento genético.
O princípio pode, no futuro, ser aplicado às pesquisas que medem a resposta a medicamentos para doenças cardiológicas e tratamentos para conter o vírus HIV, dentre outros.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Composto de óleo essencial pode tratar osteoartrose

Universidade de coimbra

Composto de óleo essencial pode tratar osteoartrose
por Lusa
O composto natural é extraído do zimbro. Fotografia © Lisa Soares/Global Imagens
Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) identificou um composto natural, extraído do zimbro, com elevado potencial para o tratamento da osteoartrose, a principal causa de incapacidades motora e laboral a partir dos 50 anos.
O composto identificado é o afla-pineno, também presente no eucalipto e pinheiro, que, para a investigação em causa, iniciada em 2007, foi extraído do juniperus oxycedrus, vulgarmente conhecido por zimbro, cedro-de-espanha, oxicedro ou cade.
A osteoartrose, conhecida também por reumatismo ou artrose, é uma doença que atinge fundamentalmente a cartilagem das articulações - que funciona como amortecedor e lubrificante para garantir os movimentos - e provoca dor, rigidez, limitação de movimentos e, em fases mais avançadas, deformações.
"Não existe um medicamento eficaz para o tratamento da artrose, que afeta milhões de pessoas e cada vez mais, porque a população está a envelhecer", disse hoje à Lusa Alexandrina Mendes, coordenadora da avaliação farmacológica do estudo, que visa desenvolver um medicamento "capaz de travar a doença e promover a regeneração do tecido da cartilagem".
A investigadora sublinha que o composto identificado pela equipa demonstrou uma "forte seletividade para a cartilagem, não atuou num leque de outras células do organismo", o que é "um bom indicador de que não provoca efeitos colaterais".
"São resultados bastante promissores, mas são ainda necessários muitos passos até podermos chegar a um medicamento", disse, sublinhando a "importância da realização de ensaios com animais, para comprovação da eficácia e de que não há efeitos tóxicos".
Para o avanço para os ensaios pré-clínicos, com animais, é necessário financiamento que ainda não está assegurado, afirmou Alexandrina Mendes, referindo que o projeto foi submetido à Fundação para a Ciência e Tecnologia e estão em curso contactos com a indústria farmacêutica.
Além do alfa-pineno, a investigação permitiu ainda a identificação de um "conjunto de óleos essenciais de plantas da flora ibérica", mais concretamente de plantas endémicas de algumas regiões de Portugal (como Quiaios, na Figueira da Foz, e Serra da Estrela), "com moléculas bastante ativas sobre a doença articular crónica mais comum".
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoartrose é "uma das 17 doenças prioritárias na área da prevenção e tratamento", refere a nota hoje divulgada pela UC.
"A evolução da doença é um processo longo com custos diretos (consultas, medicamentos, cirurgia) e indiretos (produtividade reduzida e absentismo laboral) muito elevados, tanto para o doente como para o Serviço Nacional de Saúde", conclui Alexandrina Mendes.
O estudo em curso tem a colaboração do Serviço de Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra/Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e envolve sete investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Farmácia da UC, com a vertente da obtenção dos óleos essenciais e sua caracterização química a ser liderada por Carlos Cavaleiro.

Eutanásia divide opiniões nos Estados Unidos

Debate

Eutanásia divide opiniões nos Estados Unidos
Legalizado no Oregon e em Washington, suicídio assistido tem sua ampliação discutida no país, que se divide entre as liberdades individuais e o medo de que a prática saia do controle
11/04/2012
Painel do 'New York Times' discute a aplicação do suicídio assistido (André da Loba)
Permitir que médicos ajudem pacientes terminais, que sofrem insuportavelmente, a morrer mais cedo e de maneira mais pacífica é realmente mais polêmico nos Estados Unidos do que em alguns outros países. Mas nos estados onde a prática é legal, como no Oregon e em Washington, a polêmica não é tão grande assim.
Uma pesquisa recente mostrou que 77% dos cidadãos do Oregon favorecem sua Lei de Morte com Dignidade, que permite que médicos proporcionem medicamentos aos doentes terminais caso eles optem por apressar sua morte. A lei em Oregon está em vigor há 14 anos, e a evidência é clara de que ela é usada com moderação e exatamente como planejado. Uma lei semelhante está em vigor em Washington há três anos, e também é popular. Evidentemente, onde o público está familiarizado com a prática, os norte-americanos a aprovam, assim como os holandeses, belgas e suíços aprovam suas leis de eutanásia. É importante notar que as leis em Oregon e Washington não permitem a eutanásia, ou seja, a injeção de um medicamento letal por um médico, apenas o direito de certos pacientes de acabar com suas próprias vidas engolindo medicamentos fornecidos por seus médicos.
“Norte-americanos são muito mais religiosos do que os europeus e os canadenses. Em particular, a Igreja Católica, por uma questão de doutrina, opõe-se vigorosamente à ajuda aos pacientes desta forma, não importa quão grande seja o sofrimento no fim da vida”, afirma Marcia Angell, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard. “Os líderes da Igreja, muitas vezes enquadram a questão como vida versus morte, mas a questão real é a maneira de morrer, uma vez que as leis em Oregon e Washington só se aplicam aos pacientes que não devem sobreviver por mais de seis meses”.
Crime ou misericórdia?
Na Holanda, a eutanásia e o suicídio assistido são abertamente debatidos desde a década de 1970, por médicos, pacientes, advogados, juízes e políticos. Lentamente, o sistema legal holandês tornou-se mais tolerante com os médicos que exercem a eutanásia por razões humanitárias, tal como solicitado pelos pacientes. A partir deste debate público, a lei da eutanásia e seus critérios de cuidados evoluíram. A Real Associação Médica da Holanda apoia a lei, pois acredita que os médicos que seguem os critérios estabelecidos não são criminosos, mas sim agentes da misericórdia.
“A mentalidade das pessoas mudou, e sua relação com os médicos baseia-se menos na hierarquia e mais na igualdade. A religião tornou-se uma experiência individual que não necessariamente entra em conflito com a eutanásia”, conta Petra M. de Jong, líder do grupo holandês pró-eutanásia Right to Die (“Direito de Morrer”). “Eutanásia e suicídio assistido só podem ser legalizados em um país com sistemas de saúde ideais, e isso inclui os cuidados paliativos. Mas acima de tudo, em países nos quais os cidadãos tenham acesso a um bom sistema de saúde, independentemente de sua renda”.
A opinião de de Jong é parcialmente compartilhada por Patricia King, professora da Escola de Direito da Universidade de Georgetown, que acredita que a questão seja mais polêmica nos Estados Unidos pelo fato de os norte-americanos formarem uma sociedade muito mais heterogênea. Ela acredita que pobres, deficientes, idosos e membros de minorias raciais e étnicas nutram o temor de se tornarem “pessoas descartáveis”, caso o suicídio assistido se torne amplamente disponível no país.
“O suicídio assistido não deve ser legalizado nos Estados Unidos antes que sejam abordadas nossas desigualdades gritantes em relação à saúde e outros serviços sociais de forma que grupos marginalizados tenham a garantia de que também serão tratados com respeito e dignidade no fim de suas vidas”, conclui a professora.
Um convite para abusos
Como era de se esperar, vozes contrárias à eutanásia e ao suicídio assistido também encontram fortes argumentos na discussão. Marilyn Golden, analista de políticas do Fundo de Defesa e Educação dos Portadores de Necessidades Especiais, vê um “erro perigoso” na combinação entre suicídio assistido e um sistema de saúde comandado por fins lucrativos. Segundo ela, as falhas na lei criam brechas para que as vidas da população idosa, pacientes com históricos de depressão e pessoas com necessidades especiais, que teriam anos significativos pela frente, fiquem em risco. “O suicídio assistido é um conceito contrário à segurança pública e um convite aos abusos contra os idosos”, diz Margaret Dore, presidente do Choice is An Illusion (“A Escolha é uma Ilusão”), uma entidade que se opõe ao suicídio assistido. “Os norte-americanos estão certos ao duvidar dessas leis”
“Uma vez legalizado, o suicídio assistido se torna a forma mais barata de ‘tratamento médico’ disponível”, comenta Rita L. Marker, diretora do Conselho de Direitos dos Pacientes, que levanta uma importante questão: se o suicídio assistido é considerado um tratamento médico, devemos acreditar que companhias com fins lucrativos e burocratas do governo vão agir da maneira certa? Ou simplesmente da maneira mais barata?
O advogado nova-iorquino Jacob Appel acredita que os Estados Unidos vivem uma “guerra cultural” motivada pelos líderes conservadores e religiosos anti-aborto, que propagam a ideia de que o suicídio será imposto a idosos e deficientes físicos. “Quanto mais os norte-americanos forem informados sobre os movimentos favoráveis ao direito de morrer, mais cedo sua legalização se espalhará pelo país. E um povo amante da liberdade, como o dos Estados Unidos, não deveria querer nada diferente disso”.
FONTE
FONTE 2

Mãe e filha são diagnosticadas com câncer e vencem batalha juntas

Mãe e filha são diagnosticadas com câncer e vencem batalha juntas
Atualizado em 11 de abril, 2012 - 11:07 (Brasília) 14:07 GMT
Uma mãe e sua filha adolescente no interior da Inglaterra afirmam ter vencido as batalhas que travavam contra o câncer.
Bridget Whelan, de 50 anos, e Laura Williamson, de 17, moram no interior da Inglaterra
Laura Williamson, de 17 anos, recebeu o diagnóstico de câncer de pele poucos dias depois que sua mãe, Bridget Whelan, de 50 anos, terminou um tratamento para câncer de mama. O caso ocorreu na pequena cidade de Alvaston, em Derbyshire, na região centro-leste da Inglaterra.
As duas disseram que precisaram muito do apoio uma da outra durante os meses de quimioterapia e internação.
'Pesadelo'
Bridget foi a primeira a adoecer, em agosto de 2010, quando médicos detectaram um cisto em uma de suas mamas.
Depois de dias difíceis de recuperação, foi a vez de Laura receber o diagnóstico. Ela passou por uma bateria de exames depois que um clínico-geral percebeu algo estranho em uma pinta na perna da adolescente.
"Eu pensava ter vencido o maior obstáculo de minha vida quando terminei o tratamento de câncer", afirma a mãe, que tem outros quatro filhos além de Laura.
"Nada poderia ter me preparado para quando ouvi que minha filha adolescente estava prestes a enfrentar a mesma coisa. Eu estava vivendo um pesadelo novamente."
Bridget, que é faxineira, conta que Laura estava presente quando ela percebeu o cisto pela primeira vez.
Após o diagnóstico, a mãe foi imediatamente submetida a um tratamento no Royal Derby Hospital.
Ela tinha sessões de quimioterapia e radioterapia a cada três semanas. A batalha só terminou em novembro do ano passado. Na semana seguinte, Laura foi diagnosticada.
A jovem passou por duas operações para retirar as células cancerígenas de sua perna. Os médicos confirmaram recentemente que não há mais risco de câncer.
Mãe e filha agora estão se preparando para participar de uma maratona que arrecada dinheiro para a entidade Cancer Research UK, que combate a doença.

Johnson & Johnson recibe multa por US$1.000 millones por medicamento antipsicótico

Johnson & Johnson recibe multa por US$1.000 millones por medicamento antipsicótico
Un juez de Arkansas multó a la farmacéutica estadounidense Johnson & Johnson por más de US$1.000 millones por desestimar y ocultar riesgos a médicos y pacientes sobre los riesgos del medicamento antipsicótico, Risperdal.
Los miembros del jurado encontraron que Johnson & Johnson (y su filial, Janssen Pharmaceuticals) participaron en prácticas falsas o engañosas al afirmar que Risperdal era mejor y más seguro que los medicamentos de la competencia.
Arkansas es uno de varios estados de EE.UU. que han demandado a Johnson & Johnson por la comercialización fraudulenta de Risperdal, que se utiliza para tratar la esquizofrenia, trastorno bipolar e irritabilidad en pacientes con autismo.
Arkansas multó a Johnson & Johnson y a su subsidiaria por un caso relacionado con la misma droga.

La demencia se duplicará en dos décadas

La demencia se duplicará en dos décadas
María Elena Navas
BBC Salud
Última actualización: Miércoles, 11 de abril de 2012
Actualmente 35,6 millones de personas viven con demencia en el mundo y en dos décadas la cifra se duplicará con 65,7 millones de casos, afirma la Organización Mundial de la Salud (OMS).
EL costo global para tratar y cuidar a las personas con demencia es de US$604.000 millones.
El informe, publicado conjuntamente con la organización Alzheimer's Disease International, calcula que la situación ya es para muchos países, principalmente los de medianos y bajos ingresos, una bomba de tiempo.
Y el problema es particularmente preocupante en regiones como América Latina, donde la población ahora vive más.
Según el informe, actualmente 8,5% de la población mayor de 60 años vive con demencia en la región, una de las prevalencias más altas del mundo.
El drástico incremento en el número de casos de la enfermedad, afirma la OMS, impondrá una enorme carga en los servicios de salud.
Tratar y cuidar a los pacientes con demencia cuesta actualmente US$604.000 millones al año, calcula la organización.
Transición demográfica
"Los pronósticos indican que en América Latina y el Caribe es donde veremos el incremento más rápido en el número de personas con demencia" explica a BBC Mundo el profesor Martin Prince, experto en psiquiatría epidemiológica del King's College de Londres, director del Centro para la Salud Mental Global y uno de los autores del informe.
"Y esto se debe esencialmente al ritmo del envejecimiento de las poblaciones en América Latina".
"En la región está ocurriendo lo que llamamos la transición demográfica, que es cuando la gente vive más años y al mismo tiempo se ve una reducción en las tasas de fertilidad con menos nacimientos y por lo tanto menos gente joven en las sociedades".
"El resultado es que el número absoluto de personas mayores está incrementándose drásticamente comparado al resto de la población" explica el investigador.
"La epidemia de demencia es una emergencia grave que necesita esfuerzos más enfocados, con políticas específicas que la coloquen como una prioridad nacional de salud en todo el mundo y específicamente en América Latina" Prof. Martin Prince
En efecto, las mejoras en los sistemas de asistencia a la salud en las últimas décadas han contribuido a que la gente viva más años y esto ha resultado en un aumento enorme en el número de personas con demencia.
La vejez es el principal factor de riesgo de la enfermedad, pero esto no quiere decir que la demencia sea una parte normal del proceso de envejecimiento.
Tal como señala el informe, "en muchos países hay una enorme falta de información y entendimiento sobre la enfermedad, lo cual contribuye al estigma que resulta en un retraso en el diagnóstico y tratamiento del paciente".
La demencia es un síndrome que incluye distintas enfermedades que a menudo son crónicas y progresivas y afectan la memoria, el pensamiento, la conducta y la capacidad de realizar las actividades de la vida diaria.
Tal como explica el profesor Prince, uno de los objetivos del informe es cambiar muchas percepciones equivocadas que todavía hay en el mundo sobre el trastorno.
"Las percepciones están cambiando, pero todavía hace falta hacer mucho más para mejorar la concientización de la población general sobre la enfermedad" afirma el investigador.
"Lo principal es que la gente reconozca que la demencia no es parte normal del envejecimiento y que hay consultar al médico y pedir ayuda para el paciente".
"Pero esta concientización quiere decir que necesitamos también contar con los servicios adecuados para atender al paciente, mejorar el entrenamiento del personal médico, principalmente del personal de asistencia primaria para que puedan reconocer, diagnosticar y tratar adecuadamente la enfermedad".
Programas de prevención
Según el informe sólo ocho países en el mundo han establecido programas nacionales para la demencia, ninguno en América Latina.
"No conozco algún país latinoamericano que haya hecho un esfuerzo específico para combatir la demencia. Hay varios países en la región que ya están pensando cómo controlar la situación y cómo manejar los cuidados a largo plazo" dice a BBC Mundo Martin Prince.
"Brasil puede ponerse como ejemplo en la región de un país que está tomando muchas medidas para comenzar a solucionar este problema" agrega.
"Pero la epidemia de demencia es una emergencia grave que necesita esfuerzos más enfocados, con políticas específicas que la coloquen como una prioridad nacional de salud en todo el mundo y específicamente en América Latina".
La OMS calcula que para el año 2050 habrá 115 millones de personas viviendo con demencia en el mundo.
Pero según la organización las cifras podrían ser mucho más altas porque actualmente, incluso en los países de altos ingresos, sólo entre 20 y 50% de los casos son rutinariamente reconocidos de forma adecuada.

Frutas y verduras contra la dieta pobre de los latinos

Frutas y verduras contra la dieta pobre de los latinos
Última actualización: Martes, 10 de abril de 2012
Vea cómo trabajan en este video de la corresponsal de BBC Mundo en esa ciudad, Valeria Perasso.

Según las estadísticas, la mala alimentación se hace sentir con más fuerza entre los hispanos en Estados Unidos.
La tasa de obesidad en este grupo es 25% mayor que la de otras comunidades, y los casos de enfermedades asociadas como la diabetes son más del doble que entre los blancos no hispanos.
Por eso, un grupo de especialistas en Los Ángeles se ha propuesto educar y crear conciencia de la conveniencia de incluir frutas y verduras frescas en el menú.
"Este de Los Ángeles" impulsa, además, cambios en las tiendas de aprovisionamiento, para que la comida natural y orgánica resulte más tentadora.

Governo quer obrigar médicos a trabalharem no interior

Governo quer obrigar médicos a trabalharem no interior
Por Demétrio Weber (demetrio@bsb.oglobo.com.br)
Agência O Globo – ter, 10 de abr de 2012
BRASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) entende que a solução para a falta de médicos no interior passa pela criação de uma carreira semelhante à de promotores, juízes e militares. Essa seria uma forma de obrigar os profissionais da saúde a trabalhar alguns anos em municípios distantes e de difícil acesso, antes de migrarem para as capitais e cidades de maior porte.
Como o GLOBO mostrou no domingo, prefeituras têm dificuldade para atrair médicos, mesmo oferecendo salários acima de R$ 20 mil por mês. Um programa do Ministério da Saúde que oferece bônus nas provas de residência médica a recém-formados que aceitem trabalhar um ano no interior ou em áreas de risco de grandes cidade também patina: as 7.193 vagas oferecidas por mais de mil prefeituras só despertaram interesse em 1.460 profissionais.
- No interior, a carreira de Estado talvez seja a única solução. Como qualquer profissional, o médico vai aonde o mercado está. E, aonde o mercado não foi, o Estado tem que ir - diz o segundo vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá.
Segundo ele, a criação de um carreira nacional de médico no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) foi discutida no fim do governo Lula e chegou a receber o aval do então ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Mas não foi adiante. O próprio ministério informa que 2.130 prefeituras lutam para manter ou expandir o programa de Saúde da Família. E a principal causa é a falta de médicos.
Para o dirigente do Conselho Federal de Medicina, a situação é diferente nas capitais e regiões metropolitanas, onde o maior desafio é melhorar as condições de trabalho. Segundo Tibiriçá, problemas de gestão e excesso de pacientes transformam as unidades de emergência e pronto-socorro em cenário de guerra:
- Você vai a uma emergência pública e parece um hospital de campanha: gente no chão, em maca, em corredores todos ocupados. Pegue qualquer fotografia de emergência e o que vai ver é superlotação, sobrecarga de atendimento. Como o médico vai querer trabalhar num ambiente desses?
Tibiriçá é contra a flexibilização das atuais regras de validação de diplomas de médicos formados no exterior. Ele defende o atual exame aplicado pelo Ministério da Educação, o Revalida, que no ano passado teve 677 inscritos, dos quais 536 fizeram as provas e somente 65 foram aprovados.
- Consideramos uma porta errada a proposta de abrir as fronteiras do Brasil para a entrada de médicos. A gente está assistindo a improvisãções de políticas de governo e não de Estado que tentam dar respostas de curto prazo a problemas que preocupam a população.
O CFM, a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) querem reunir-se com os ministros da Saúde (Alexandre Padilha) e da Educação (Aloizio Mercadante) para discutir o plano de aumentar o número de médicos no país, ainda em fase de elaboração no governo.

Radiografias dentárias regulares aumentam propensão a tumores cerebrais

Radiografias dentárias regulares aumentam propensão a tumores cerebrais
AFP – ter, 10 de abr de 2012
As pessoas que realizam radiografias dentárias regularmente são mais propensas a sofrer um tipo comum de tumor cerebral, disseram pesquisadores americanos nesta terça-feira, sugerindo que os exames anuais podem não ser o melhor para a maioria dos pacientes.
O estudo, publicado na revista americana Cancer, mostrou que as pessoas que foram diagnosticadas com meningioma tinham duas vezes mais chances que um grupo saudável de controle de informar ter realizado um exame de radiografia interproximal, que consiste em colocar um filme de raios X em uma placa presa pelos dentes.
Os que disseram realizar uma radiografia anual deste tipo tinham entre 1,4 e 1,9 vezes mais chances que um grupo de controle de desenvolver tumores cerebrais, segundo o estudo.
Além disso, as pessoas que informaram fazer uma radiografia panorâmica anual - que mostra toda a dentição e é feita com um equipamento que faz uma circunferência ao redor da cabeça do paciente - eram de 2,7 a 3 vezes mais propensas a desenvolver câncer.
Um meningioma é um tumor que se forma na membrana que envolve o cérebro ou na medula espinhal. Na maioria das vezes é benigno e de crescimento lento, mas pode produzir deficiências ou ser potencialmente fatal.
A pesquisa, dirigida por Elizabeth Claus, da escola de medicina da Universidade de Yale, se baseia em dados de 1.433 pacientes americanos que tiveram tumores diagnosticados entre os 20 e os 79 anos.
Para comparar, os pesquisadores consultaram os dados de um grupo de controle de 1.350 indivíduos que tinham características similares, mas que não foram diagnosticados com um meningioma.
Atualmente, os pacientes dentais estão expostos a níveis de radiação mais baixos que no passado, mas o estudo deve incentivar dentistas e pacientes a reavaliar quando e por que os raios X dentários são utilizados, segundo Claus.
"O estudo proporciona uma oportunidade ideal para que na saúde pública seja tomada uma maior consciência sobre o uso dos raios X dentários, que, diferentemente de muitos fatores de risco, é modificável", disse.
O modelo da Associação Dentária dos Estados Unidos (ADA) é que as crianças realizem uma radiografia dentária a cada um ou dois anos, os adolescentes a cada um ano e meio a três anos, e os adultos a cada dois ou três anos.
A ADA disse em 2006 que havia poucas evidências para promover a realização habitual de radiografias de toda a boca em pacientes sem nenhum sintoma.
Michael Schulder, chefe adjunto do departamento de neurocirurgia do Instituto de Neurociência de Cushing, que forma parte do North Shore Long Island Jewish Health System, em Nova York, disse não estar surpreso com a descoberta.
"Isto não deveria ser uma surpresa, diante da conexão entre a radiação e o desenvolvimento de meningiomas que se estabeleceu em outros contextos", disse Schulder, que não esteve envolvido na pesquisa.
"A possibilidade de que estes tumores apareçam em pacientes que foram radiografados anualmente continua sendo baixa. No entanto, os dentistas e seus pacientes devem considerar seriamente realizar raios-X com menos frequência que a anual, a menos que os sintomas indiquem a necessidade de imagens", acrescentou.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Médico cristão é demitido por enviar por e-mail uma oração a colegas do hospital

Médico cristão é demitido por enviar por e-mail uma oração a colegas do hospital
Posted on 02/04/2012 by Blog Sétimo Dia
Um médico cristão foi a um tribunal do trabalho na Inglaterra esta semana alegando ter sido demitido injustamente, apenas porque enviou um e-mail com uma oração para seus colegas.
David Drew, 64, do Walsall Manor Hospital, é médico há 40 anos e chegou a ser diretor clínico do hospital onde trabalhava. Mas afirma que foi perseguido e demitido após não aceitar uma ordem para “evitar utilizar referências religiosas em suas comunicações profissionais, verbais ou escritas”.
Três anos atrás, o Dr. Drew repassou uma oração escrita no século 16 por Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, a seus colegas do Walsall Manor para “tentar motivar o departamento”.
A mensagem era:
“Ensina-nos, Senhor, a servir-te como mereces:
A dar sem contar o preço,
A lutar sem contar as feridas,
A trabalhar e a não procurar descanso,
A doar sem pedir recompensa
Exceto o saber que fazemos tua vontade”.
Ele disse que iniciou com as palavras: ‘Acho isso uma inspiração pessoal em meio a meus esforços frágeis e imperfeitos em atender meus pacientes, suas famílias e o nosso departamento’. Algum tempo depois foi acusado de enviar uma mensagem “indesejável” a um colega no dia de Natal, que dizia simplesmente “tenha um Natal de paz”.
Seu colega, o doutor Rob Hodgkiss, respondeu com ‘você também’, mas enviou uma queixa ao hospital dizendo que aquilo era “uma invasão agressiva e indesejável”
Dr. Drew, disse ao tribunal em Birmingham que não entende a proibição de usar linguagem religiosa no trabalho, e que nega as acusações de “impor sua religião para outras pessoas, e de que era um maníaco religioso”. “Não sabia que um simples e-mail poderia me causar tantas dificuldades e acabar na minha demissão”, lamentou.
O tribunal ouviu os seus problemas, que começaram depois que ele fez uma série de denuncias sobre procedimentos “suspeitos” de alguns funcionários, que incluía a suspeita de abuso sexual de menores. Por isso, ele acredita que sua fé acabou sendo incompatível com algumas posturas dos colegas.
O doutor Drew e sua esposa Janet, 61, frequentam uma igreja batista e dizem aguardar que a justiça seja feita em seu caso.

domingo, 1 de abril de 2012

Conheça os perigos do açúcar

Conheça os perigos do açúcar
Por em 1.04.2012 as 16:00
Robert Lustig é um médico americano da Universidade da Califórnia (San Francisco, EUA), especialista em obesidade. Recentemente, ele tem promovido uma campanha para que haja leis restritivas de consumo de açúcar semelhantes às existentes para o álcool e tabaco, o que limitaria especialmente o acesso das crianças a produtos açucarados. Será que existe motivo para tanta preocupação?
O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o assunto (que já ultrapassou 2 milhões de visualizações), cita como exemplo uma série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar.
Como exemplo, o médico cita diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em 1980. Mais ou menos nessa época, o mundo começou a se preocupar e eliminar a quantidade excessiva de gordura na alimentação. Mas ninguém sabia que alguns lipídios são bons para o organismo: a ordem era cortar o máximo de gordura possível.
De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu 35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de calorias diárias. Como é que chegamos a esse ponto?
A resposta do médico americano está nos produtos industrializados. Nos últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode fazer mal. Por isso, substituímos o açucareiro pelo adoçante, por exemplo, e tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos.
O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você examinar o rótulo dos produtos que colocou em seu carrinho de supermercado, vai descobrir que existe açúcar em coisas que você nem imaginava.
Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está bom, pode parar de comer”. Algo como uma trava natural. Este e outros efeitos nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do endocrinologista americano.
O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve partir primeiramente do consumidor.

Especialistas alertam para risco de tsunami gigante

Japão

Especialistas alertam para risco de tsunami gigante
por Lusa   Hoje
Japão foi atingido por um tsunami a 11 de março de 2011 Fotografia © Toru Hanai / Reuters
Um painel de especialistas considerou, depois de rever projeções, que um «tsunami» com uma altura de 35 metros poderá atingir o Japão, na sequência de um sismo de forte magnitude, noticiou hoje a imprensa nipónica.
Se um sismo de magnitude 9 ocorrer na fossa de Nankai, enormes zonas do centro ao oeste do Japão podem ser inundadas, com ondas de altura igual ou superior a 20 metros.
Na cidade de Kuroshio, no sudoeste da prefeitura de Kochi, o «tsunami» pode atingir os 34,4 metros, o maior nível projetado dos cenários analisados, indicou o painel.
Já junto na zona da central nuclear de Hamaoka - agora desativada - na prefeitura de Shizuoka, o «tsunami» poderá atingir os 25 metros, galgando o paredão de 18 metros que os operadores se encontram a construir neste momento.
Os especialistas observaram que a projeção é para o "pior 'tsunami' possível", frisando que "a probabilidade de ocorrer é extremamente baixa".
Nas previsões anteriores, em 2003, nenhuma área poderia ser atingida por «tsunami» com mais de 20 metros.
Contudo, as previsões foram atualizadas na sequência do sismo de magnitude 09 de 11 de março de 2011 e do «tsunami» que destruiu o nordeste e causou perto de 19 mil mortos. Ondas com mais de 15 metros de altura atingiram cidades como Ishinomaki, Soma e Ofunato.
O painel vai continuar a estudar a extensão das áreas que podem ser atingidas e ficar submersas na sequência de um «tsunami», enquanto o governo vai examinar os planos de emergência no caso de desastre com base nas mais recentes estimativas agora divulgadas.

Há medicamentos com tinta e gesso à venda na Net

Substâncias adulteradas

Há medicamentos com tinta e gesso à venda na Net
por Lusa   Hoje
Fotografia © Global Imagens
Milhares de medicamentos falsos são anualmente apreendidos nas alfândegas portuguesas. Gesso e tinta podem fazer parte destes fármacos, alerta o Infarmed.
O negócio preocupa a autoridade que regula o setor do medicamento, o Infarmed, que, desde o ano passado, tem uma parceria permanente com as alfândegas, por onde passam as encomendas feitas pela internet e que chegam por correio - e algumas são apreendidas.
Segundo o vice-presidente do Infarmed, Helder Mota Filipe, todos os dias são apreendidas nas alfândegas 14 embalagens "que resultam em mais de um milhar de unidades de comprimidos, cápsulas, etc".
Depois de apreendidos, alguns destes medicamentos adquiridos de forma ilegal - via internet e por sites não autorizados - são estudados, e o que o Infarmed encontra nesta análise, leva o seu vice-presidente a concluir que os consumidores "estão a correr riscos de saúde".
Em entrevista à Agência Lusa, Helder Mota Filipe disse que, na composição destes fármacos, pode haver muitas surpresas: "Pode estar uma substância [ativa] diferente, uma quantidade distinta à anunciada na embalagem ou um conjunto de impurezas que não sabemos o que é".
Potencialmente, estas pessoas "podem correr risco de vida", pois não ingerem o medicamento necessário para a sua saúde ou consomem um fármaco que pode conter substâncias tóxicas.
Helder Mota Filipe enumera casos graves, como o de um medicamento contra a disfunção erétil que, para imitar a cor azul do original, era pintado com tinta de parede, ou outros que têm gesso na sua composição.
Além da disfunção erétil, estes medicamentos ilegais são essencialmente procurados para o emagrecimento - nomeadamente fármacos manipulados e oriundos do Brasil -, mas também de "classes terapêuticas mais nobres do ponto de vista do efeito", como antibióticos ou medicamentos para doenças cardiovasculares.
Na lista dos mais procurados -- e encontrados nas alfândegas -- estão também medicamentos contra o cancro, para o sistema nervoso central, contra a hipertensão, anti-inflamatórios, hormonas esteroides, para o aparelho génito-urinário ou para o aparelho respiratório. Começam igualmente a ser detetados anti-retrovirais (contra o VIH/Sida).
Apesar da gravidade dos efeitos que o consumo destes produtos pode ter, dificilmente as autoridades controlam a sua manifestação, pois os doentes não dão a conhecer aos médicos que obtiveram um fármaco por outra via que não a legal.
Questionado sobre os riscos da crise económica potenciar este mercado, Helder Mota Filipe não revelou especial preocupação, uma vez que, em alguns casos, o fármaco encomendado pela internet "chega a ser mais caro".
"Muito deste fenómeno é alimentado pela falta de acessibilidade", disse, explicando que, na maioria dos casos, quem encomenda procura aceder a um medicamento que de outra forma não consegue.
No caso da disfunção erétil, exemplificou, o consumidor evita, através deste meio, revelar as razões porque procura o medicamento.
Em outros casos, busca medicamentos que o médico não prescreve e para assim encontrar soluções miraculosas para doenças graves como o cancro.
Negócio "mais lucrativo do que o da droga", o tráfico de medicamentos falsos faz-se, muitas vezes, "a milhares de quilómetros" do local onde é adquirido."Temos de combater a oferta, mas se conseguirmos diminuir a procura, também estamos a resolver o problema", disse.
Helder Mota Filipe garante que os medicamentos falsos não estão no mercado - em farmácias de ambulatório ou hospitalares - e está otimista numa legislação que irá fazer com que cada embalagem tenha uma identificação própria.
Este sistema permitirá seguir a embalagem durante todo o circuito, mas dada a sua complexidade e aplicabilidade, só estará disponível dentro de anos.

Privação de sono aumenta risco de doenças

Alerta

Privação de sono aumenta risco de doenças
por Lusa
Fotografia © DRA neurologista
Teresa Paiva alertou hoje, no Porto, para os efeitos da redução do sono ou do dormir em excesso, associando-os a um risco aumentado de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, cancro, depressão e de acidentes.
"O que as pessoas têm de perceber é que para além destes efeitos orgânicos sobre a saúde, reduzir o sono tem outros efeitos muito mais complicados ao nível da cognição. As pessoas começam a pensar mal, a ter graves problemas de memória, a ter lapsos e, fundamentalmente, perdem os seus equilíbrios emocionais", afirmou em declarações à Lusa.
Teresa Paiva, que hoje aborda no Simpósio Aquém e Além do Cérebro as "Relações mútuas entre sono, sonhos e sociedade", salientou que "tanto a parte cognitiva, como a emocional são altamente recicladas e reorganizadas no sono e, portanto, não dormir é extremamente perigoso".
Segundo a investigadora, os portugueses são os que se deitam mais tarde no mundo. "Setenta por cento da população vai para a cama depois da meia-noite, mas o grave não é deitarem-se tarde, é deitarem-se tarde e levantarem-se cedo", considerou.
Na atual situação de crise, Teresa Paiva citou a sua experiência clínica e existencial para afirmar que os casos de insónia têm vindo a aumentar e as queixas apresentadas também são diferentes.
"As coisas que lhes são lesivas são diferentes das que apresentavam anteriormente. Agora, é muito mais a ameaça de desemprego, o desemprego dos filhos, o trabalho instável, o trabalho em excesso com medo de perder o emprego, os encargos financeiros ou os créditos, às vezes de familiares de quem foram fiadores", explicou.
De acordo com a sua experiência, uma vez que ainda não há estudos científicos sobre o assunto, "os paradigmas são agora bastante diferentes dos que eram anteriormente". Teresa Paiva considera que o clima que se vive no país é "extremamente negativo para a saúde das pessoas, que ficam deprimidíssimas com tudo o que ouvem".
Defende, por isso, a necessidade de transmitir "mensagens de esperança", porque "não se cura um doente dizendo-lhe que está muito mal e vai morrer. Os mecanismos de cura são iguais quer nos indivíduos quer nas sociedades, tem de se abrir a caixinha de pandora para saírem os demónios, mas também a esperança".
"Se calhar eu e uma pessoa com insónia dormimos da mesma maneira. A única diferença é que eu não me importo minimamente e gosto da forma como durmo e ela importa-se imenso. Esta perspetiva pessimista em relação ao seu sono, vida ou ao seu país é que é lesiva e leva à doença", exemplificou.
Assim, insiste a investigadora, "a perspetiva que se tem sobre as coisas e a mudança de comportamentos são muito importantes. Devem assumir-se bons comportamentos de saúde, como dormir as horas necessárias e de forma regular, comer bem, fazer exercício físico, que não seja à noite, e reduzir a atividade excessiva".
"Se eu quisesse via doentes até a meia-noite, mas não aguentaria. A pressão da sociedade não nos tornou mais ricos nem nos tornou felizes", frisou.
As perturbações do sono situam-se entre as perturbações cerebrais mais dispendiosas na Europa. Em 2010, foram gastos 35,4 mil milhões de euros, ocupando a 9.ª posição num grupo de 19 perturbações.
A neurologista defende que a sociedade e os serviços de saúde são obrigados a prestar atenção aos números atuais.
"No caso de não ser desencadeada qualquer ação, as atuais influências entre sociedade, sono e sonhos podem resultar num cenário dramático: os indivíduos esforçados e lutadores podem tornar-se depressivos, esquecidos e doentes e transformar-se em cidadãos incapazes de agir e cooperar de modo eficiente com a sociedade atual, altamente exigente", sustentou.
Esta investigadora tem-se manifestado contra o excessivo consumo de medicamentos para dormir. "Há estudos que provam que quem toma regularmente hipnóticos sofre um aumento do risco de morte precoce e de cancro", afirmou.